Nos EUA, estão descobrindo agora que o Rage Against the Machine é politizado

Aparentemente, muitas pessoas ainda pensam que a raiva é contra a máquina de lavar roupa...

O efeito das letras na cabeça de um ouvinte muda de acordo com a maturidade e percepção. Porém, alguns artistas são totalmente explícitos em suas letras. Em 2018 fãs brasileiros se deram conta que “The Wall”, do Pink Floyd, não era sobre a construção civil nem “Animals” sobre a vida no campo.

Mas sempre há os atrasados, como prova o retorno do Rage Against the Machine às atividades. Recentes posicionamentos da banda, especialmente o contra a revogação do direito ao aborto, estão causando surpresas em fãs nos Estados Unidos.

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O Loudwire reuniu algumas pérolas após a banda ter publicado no telão a mensagem “Abortem a Suprema Corte” durante o show que marcou o início da nova turnê do grupo. A apresentação ocorreu no último sábado (9) em East Troy, nos Estados Unidos.

O YouTuber e teórico conspiracionista Paul Joseph Watson – que é britânico, mas discute com frequência a política americana – declarou:

“O Rage Against the Machine, que anteriormente exigia que todos tomassem a dose da Pfizer para comparecer ao show, agora está subitamente a favor da autonomia corporal.

Ah, e eles têm medo de usar a palavra ‘mulher’.

Que triste declínio desde o auge dos anos 90.”

Mas a coisa piora – ou melhora, dependendo do ponto de vista. Um internauta disse em resposta a uma notícia sobre a banda:

“Eles deveriam apenas tocar suas músicas. Nada pior do que pagar $$ para ver um show e receber palestras sobre suas crenças políticas. Estive perto de sair de um show de Marshall Tucker no ano passado, quando ele não parava de falar sobre política.”

Obviamente, também há quem tenha aproveitado para ironizar. Como outro internauta que publicou letras de músicas da banda com a mensagem:

“Ouvindo alguns Rage Against the Machine pré-política, não era legal quando eles apenas tocavam guitarras bem alto?”

Não é o caso deste abaixo, que realmente sente falta dessa época (que nunca existiu).

“Rage Against the Machine é bom para entrar no clima de vez em quando. Mas não parecem divertidos.

Eu sinto o mesmo por eles que sinto por Kanye West neste momento.
Eu não quero ouvir mais nada que eles tenham a dizer que não esteja em meio a uma batida incrível.”

https://twitter.com/Billy___Hill/status/1546542006654083074

No fim das contas, o usuário do Twitter a seguir compilou tudo que precisamos e disse:

“Pessoas descobrindo que Rage Against the Machine é uma banda inerentemente política composta por comunistas sempre será meu gênero favorito.”

https://twitter.com/LightDreamUltra/status/1546468715314745345

Rage Against the Machine de volta

A primeira apresentação do Rage Against the Machine em 11 anos contou com o seguinte setlist:

  1. Bombtrack
  2. People of the Sun
  3. Bulls on Parade
  4. Bullet in the Head
  5. Testify (com intro de Revolver)
  6. Tire Me (primeira vez ao vivo desde 2008)
  7. Wake Up
  8. Guerrilla Radio
  9. Without a Face (primeira vez ao vivo desde 2008)
  10. Know Your Enemy
  11. Calm Like a Bomb
  12. Sleep Now in the Fire
  13. War Within a Breath (primeira vez ao vivo desde 2008)
  14. The Ghost of Tom Joad (cover de Bruce Springsteen, primeira vez ao vivo desde 2000)
  15. Freedom (com trecho de Township Rebellion)
  16. Killing in the Name
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O segundo show da turnê ocorreu em Chicago, nos Estados Unidos, na noite da última segunda-feira (11), e o vocalista Zack de la Roch lesionou a perna durante a performance. Mesmo assim, seguiu cantando até o fim do set sentado em uma ciaxa de som.

Trazendo o Run the Jewels como atração de abertura, a banda formada por de la Rocha, Tom Morello (guitarra), Tim Commerford (baixo) e Brad Wilk (bateria) já tem datas marcadas até abril de 2023. Até o momento, a tour de reunião conta com 51 apresentações confirmadas em 12 países da América do Norte e Europa.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

3 COMENTÁRIOS

  1. E eu achando que o problema com interpretação textual era maior no Brasil. Eu não sei mais para onde caminhamos se é que caminhamos. Meteoro, Deus, Amargedom ou bomba atômica ou seja o que for venha logo nos arrebatar. Ta ruim a vida por aqui.

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