5 discos sem os quais Ace Frehley não vive

Guitarrista original do Kiss escolheu apenas obras da década de 1960, associando às escolhas a experiências pessoais ocorridas desde os tempos de escola

Ace Frehley tem uma série de influências facilmente identificáveis. Apesar de não ser necessariamente o mais técnico dos guitarristas, possui uma capacidade criativa que o colocou como referência para todas as gerações que começaram a se aventurar no rock através do Kiss.

O próprio também se valeu das obras alheias para desenvolver sua marca registrada. Em artigo para a revista Spin, ele foi convidado a mencionar os 5 álbuns sem os quais não vive. Todos pertencem à década de 1960 e contam com histórias associadas aos anos formativos do artista.

- Advertisement -

Confira abaixo as escolhas do homem do espaço.

5 discos sem os quais Ace Frehley não vive

1. Are You Experienced?, The Jimi Hendrix Experience (1967): “Eu costumava andar pela escola com o álbum debaixo do braço e ficar olhando para ele. Não sei o que havia de tão fascinante naquela capa, mas é uma imagem bem interessante. Ironicamente, em 1970, houve um concerto pela paz na Ilha Randall, em Manhattan. Entrei nos bastidores e eles me colocaram para trabalhar como roadie. Acabei montando a bateria de Mitch Mitchell. Eu sei que isso parece besteira. Eu conto a história às pessoas e elas dizem: ‘Isso é impossível’.”

2. Led Zeppelin I, Led Zeppelin (1969): “Fiquei apaixonado pelo Zeppelin desde a primeira nota que ouvi. Jimmy Page é um dos meus guitarristas favoritos. Estava determinado a apreender todos os seus solos. Naquela época, tinha que desacelerar o disco [risos] porque algumas partes da guitarra dele eram muito rápidas. Não conseguia descobrir as notas a menos que diminuísse a velocidade do LP. Era um grande pé no saco de se fazer, porque quando você desacelera o disco, ele muda o tom. Então, tinha que mudar a afinação da minha guitarra. Hoje, com o som digital, você pode desacelerar uma música, mas o tom permanece o mesmo.”

3. Fresh Cream, Cream (1966): “Agora, vou contar a vocês uma história engraçada por trás dessa escolha. [risos] Eu tinha 15 anos, decidi matar aula e ir a Manhattan com alguns amigos meus para ver Mitch Ryder & The Detroit Wheels, porque eu era fã do guitarrista Jim McCarty, que por acaso é um bom amigo meu hoje. Eventualmente, acabamos nos encontrando e fizemos uma turnê juntos quando eu estava tocando com o Frehley’s Comet.

O que diabos eu ia dizer? Eu estava nesse show, e Mitch Ryder & The Detroit Wheels era a atração principal, mas vejam só, as duas bandas de abertura foram The Who e Cream. Foi tão louco. Esta foi a primeira turnê deles pelos EUA, então ninguém sabia quem eram, inclusive eu. Fiquei simplesmente hipnotizado e disse: ‘Essas bandas serão gigantescas’. O resto é história.”

4. My Generation, The Who (1965): “Quando vi o The Who ao vivo pela primeira vez, Keith Moon quebrou sua bateria, Pete Townshend estava quebrando sua guitarra nos amplificadores e bombas de fumaça explodiam – eu soube imediatamente que queria estar em um grupo de rock teatral. Isso foi uma grande influência para mim. A próxima coisa que sei é que estou nessa banda chamada Kiss, usando maquiagem e bombas de fumaça, fogo, explosões. Louco. Foi como o destino.”

5. Truth, Jeff Beck (1968): “Eu o conheci e tenho uma foto nossa juntos. Ele foi muito gentil. Estava tocando num pequeno clube em Manhattan. Quero dizer, ninguém toca como Jeff Beck. Ele era um cara do tipo Hendrix. Acho que, tecnicamente, foi até melhor. Hendrix era muito bom, mas não é tão conhecido pelo trabalho de guitarra, e sim pelo estilo inovador e a maneira como tocava, porque ninguém consegue copiar Hendrix corretamente, assim como ninguém consegue me copiar.”

Sobre o guitarrista

Nascido no Bronx, em Nova York, Paul Daniel Frehley começou a tocar guitarra ainda na infância, incentivado pela família. Participou de uma série de bandas amadoras entre o final dos anos 1960 e início dos 1970s.

Leia também:  A curiosa reação de Ritchie Blackmore após Lars Ulrich cumprimentá-lo

A consagração veio quando se juntou ao Kiss. Esteve presente em dois momentos, entre 1972 e 1982, regressando em 1996 e ficando até 2002. Criou o personagem Space Ace, além de ter desenhado o logotipo da banda. É até hoje o membro preferido de uma parte considerável dos fãs.

Na segunda metade dos anos 1980 comandou o Frehley’s Comet, que lançou dois discos de estúdio e teve repercussão mediana junto ao público. Possui oito álbuns solo, incluindo o lançado em 1978, quando ainda estava na banda que o tornou famoso. O mais recente, “10,000 Volts”, saiu no início de 2024.

Leia também:  As reflexões de Eddie Vedder sobre guerra do Pearl Jam contra a Ticketmaster

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidades5 discos sem os quais Ace Frehley não vive
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades