O recado de Bruce Dickinson a fãs do Iron Maiden que reclamam de músicas longas

Dois últimos álbuns da banda saíram em formato duplo, devido a duração longa de várias das músicas

Desde que o vocalista Bruce Dickinson e o guitarrista Adrian Smith retornaram ao Iron Maiden, muitos fãs têm reclamado do tempo de duração mais longos das músicas produzidas pela banda a partir dali. Os álbuns também estão sendo considerados “extensos” demais por parte do público do grupo.

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Os comentários sobre esse assunto ganharam força, em especial, com os dois álbuns mais recentes do Maiden: “The Book of Souls”, lançado em 2015, e “Senjutsu”, que saiu em 2021. Os dois discos são os únicos trabalhos de estúdio em formato duplo da história da banda – muito disso em decorrência da duração mais longa das músicas.

Qual seria a opinião de Bruce com relação aos fãs que reclamam das durações de músicas atuais do grupo? Em entrevista de 2021 à Revolver, o vocalista revelou entender que as pessoas estão com cada vez menos tempo à disposição, mas destacou que uma banda tão experiente sempre quer oferecer mais.

Ele disse:

“Entendo que as pessoas agora tenham períodos de atenção supostamente curtos, mas não estou 100% convencido de que isso seja verdade. Algumas pessoas têm, claro, mas há outras pessoas que ainda podem entender o drama e as luzes e sombras de uma música.”

Dickinson ainda deixou claro que o Maiden “não está mais fazendo o que fazia quando surgiu no metal”.

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“Nós fizemos aquilo nos cinco ou seis primeiros álbuns, mas nós estamos agora no álbum de número 17. Podemos fazer muito mais agora, levando as pessoas realmente a uma jornada.”

Trabalhos ideais no formato álbum

Na visão do cantor, projetos como “Senjutsu” e “The Book of Souls” são ideais para o formato de álbum – e oferecem sensações que músicas mais curtas, ou singles isolados, não são capazes de dar aos fãs.

“Essa é a beleza de ser antiquado e gostar de álbuns, pois ainda pensamos desse jeito. Ainda pensamos como disco de vinil, em lado A e lado B. Uma das coisas legais do vinil era que ele te provocava a contar uma história nos primeiros 25 minutos, e então você virava o disco e haveria outros 25 minutos que poderiam ser diferentes. É tipo capítulo um e dois: você sempre pensa: ‘como será que o capítulo dois começa, como ele termina?’. É uma experiência completa.”

Steve Harris e as músicas longas do Iron Maiden

Em outras entrevistas, Bruce Dickinson havia deixado claro que o responsável pela maioria das canções longas dos álbuns mais recentes do Iron Maiden é Steve Harris. O baixista e líder da banda é um grande fã de rock progressivo e tem explorado essa vertente há um bom tempo nas composições do grupo.

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À Revolver, o cantor voltou a destacar como o método criativo do baixista interfere no resultado final de algumas músicas.

“Passamos algumas semanas fazendo bases e, claro, isso também envolveu o processo de composição, que tendia a ser Steve pegando alguns trechos de outra pessoa, como Adrian e Janick (Gers, guitarrista), trancando-se em seu covil por dois a cinco dias e voltando: ‘oh, acho que tenho uma música’ – e seria uma dessas de 9, 10, 11 minutos.”

O próximo álbum solo de Dickinson, “The Mandrake Project”, sai no dia 1º de março. Ele vem ao Brasil para uma série de shows no mês seguinte. O Maiden, por sua vez, retorna em dezembro para duas apresentações em São Paulo.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

2 COMENTÁRIOS

  1. Música longa é tudo de bom, quem reclama é porque não gosta realmente de uma boa música, pois quando a música é boa a gente quer mais é que nunca acabe mesmo.

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