O surpreendente diferencial de se trabalhar com Axl Rose, segundo Josh Freese

Baterista, atual membro do Foo Fighters, fez parte do Guns N' Roses entre 1997 e 2000 e recebeu créditos no álbum “Chinese Democracy” (2008)

Josh Freese possui uma vasta experiência musical, tanto como membro de turnês, quanto como músico de estúdio. O baterista, que agora substitui o saudoso Taylor Hawkins no Foo Fighters, já trabalhou com inúmeros artistas e bandas. Entre elas, estão Devo, Paramore e Guns N’ Roses – com quem trabalhou de maneira próxima. 

Ele entrou para o grupo em 1997, no lugar de Matt Sorum, e ficou até o ano 2000. Durante o período, participou do álbum “Chinese Democracy” — lançado mundialmente só em novembro de 2008, mesmo que a produção tenha começado uma década antes —, ganhando créditos de composição na faixa-título.

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Recentemente, o baterista relembrou a experiência de colaborar com Axl Rose em entrevista ao canal de Rick Beato, transcrita pela Ultimate Guitar. No bate-papo, fez questão de não só elogiar o vocalista, como também de destacar um surpreendente diferencial em relação à sua postura profissional.

Tudo começou quando Freese recebeu uma ligação do ex-empresário do grupo, avisando que precisavam de um baterista e o convidando para fazer um teste. Apesar de incerto, aceitou o convite para conhecer Rose — e logo de cara ficou impressionado com a abertura artística concedida pelo cantor. 

“Uma das coisas que me atraiu para a banda foi que eu estava conversando com Axl quando ele precisava de um baterista e ele me disse: ‘Ei, cara, você compõe? Se você tiver uma ideia legal, vamos trabalhar nela. Estou aberto a qualquer coisa, será ótimo’. [No processo] tinha um quadro dividido, com uma lista de músicas consideradas as principais e outra com as secundárias. O tempo todo, eu tinha três ou quatro músicas na lista principal.”

Sem dúvida, o caráter colaborativo o chamou atenção. Segundo o próprio, é difícil encontrar artistas consolidados que estejam abertos a sugestões dessa maneira — ainda mais com um baterista. 

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“Outra coisa que eu gostei muito foi que ele tinha a mente aberta sobre colaborações e sobre música. Muitas vezes em outras bandas, especialmente daquele nível, aconteceu de me dizerem: ‘você é o baterista, aqui está a música, toque bateria’. [risos] Mas Axl me disse ‘eu amo [ideias], vamos trabalhar nelas’. Não convivi com muitos caras em bandas que tivessem essa atitude.”

Em conversa com a Vice, em 2014, Freese já havia apresentado o mesmo ponto. Ele declarou:

“Quando eu o conheci, realmente gostei dele. Ele foi muito simpático. Falou comigo sobre o Devo e em vez de soltar um ‘é, eu gostava de ouvir ‘Whip It’’, falou de outras músicas. Pensei: ‘esse cara conhece mesmo a banda, ele realmente gosta de Devo’. Então continuou: ‘eu quero alguém para vir aqui e escrever comigo, não quero você apenas para ser o baterista’.”

Josh Freese e Axl Rose

Durante participação no Appetite for Distortion (um podcast com temática de Guns N’ Roses), em 2021, Josh já havia sido convidado a revelar como era trabalhar junto de Axl Rose no fim dos anos 90. O baterista afirmou que o cantor sempre foi generoso, legal e simpático no tempo em que conviveram.

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“Nunca tive nenhum problema e não tenho nenhuma história engraçada para contar, exceto que me dei muito bem com ele.”

Freese entende a curiosidade em torno do assunto, mas destacou ter ficado até triste em pensar como sua saída do Guns N’ Roses poderia afetar o cantor, já que os dois se deram tão bem. Havia um grande receio de sua parte que o frontman levasse a decisão para o lado pessoal – o que, felizmente, não aconteceu.

“Desde então, só nos vimos uma vez, durante o Coachella, anos atrás. Ele foi super legal, demos risada. Foi muito bom.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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