Baterista do Helix, Greg “Fritz” Hinz morre aos 68 anos

Músico participou do período de maior sucesso da banda canadense, gravando seus álbuns mais conhecidos

O baterista Greg “Fritz” Hinz faleceu na última sexta-feira (16) em decorrência de um câncer. O músico fez parte da banda canadense Helix entre 1982 e 1996, participando de seu período de maior sucesso. Retornou em 2009 e permaneceu até agora.

A informação foi transmitida ao público pelo vocalista do grupo, Brian Vollmer, em suas redes sociais. Ele fez uma homenagem pública a Traci, esposa do colega.

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Diz a nota:

“Greg ‘Fritz’ Hinz: 23 de janeiro/1956 a 16 de fevereiro/2024. Descanse em paz. É com pesar que devo anunciar o falecimento de Greg ‘Fritz’ Hinz, baterista do Helix desde 1983, após 10 meses lutando contra o câncer. Em uma data futura, haverá um serviço memorial. Traci (a esposa de Fritz) não dorme há seis meses, então vou dar a ela alguns dias. Ela tem sido um ANJO durante toda essa provação. Não sei o que Fritz teria feito sem ela.

No momento, estou respeitando os desejos DELA. Isso NÃO está em debate. Ela cuidou de Fritz desde que ele descobriu que tinha câncer em abril passado. Ela tem o direito de fazer o que for e quando quiser. POR FAVOR NÃO ENTRE EM CONTATO COM TRACI – DÊ ESPAÇO A ELA E DEIXE-A SE CURAR. Quando quiser falar com todo mundo ela vai. Fritz era como um irmão para mim, Brent, Kenny e muitas outras pessoas que trabalharam para a banda.”

Helix e Greg “Fritz” Hinz

Greg registrou os álbuns de maior sucesso do Helix, “No Rest for the Wicked” (1983), “Walkin’ the Razor’s Edge” (1984), “Long Way to Heaven” (1985) e “Wild in the Streets” (1987). O segundo e o terceiro mencionados ganharam disco de platina no Canadá, com o primeiro e o quarto alcançando premiação de ouro.

Brian prosseguiu:

“Traci me pediu para escrever algo para postar. Eu poderia ficar horas falando sobre o cara, mas agora estou arrasado, assim como os outros membros da banda. Sabemos disso desde abril passado, mas estávamos incapazes de contar a alguém, a pedido de Fritz. Ele queria sua privacidade durante o processo. Era um cara orgulhoso e durão. Quando caiu da escada há alguns anos e quase morreu, pensei que seria o fim. Fritz surpreendeu a todos ao voltar menos de 8 meses depois para shows em Vancouver e Calgary em um fim de semana.

Isso significava dirigir e voar muito – algo extremamente ruim para alguém que sofreu uma concussão grave. Ele tocou muito bem naquele fim de semana e não reclamou. Muitos meses depois me contou que, no final do show em Vancouver, no Hard Rock, quase se levantou e caiu para a frente com a bateria no final do show, porque estava com muita vertigem. Como eu disse, um cara durão.”

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O “David Lee Roth” do Helix

Vollmer continuou contando que, apesar de ficar na parte de trás do palco, Fritz era o sex Symbol da banda.

“Fritz era o cara mais engraçado que você gostaria de conhecer. Poderíamos estar nas situações mais sérias e ele poderia dizer algo e todos cairiam na gargalhada. Também tinha a capacidade de atrair dezenas de mulheres em nossos shows. Era o David Lee Roth do Helix. A pergunta mais frequente feita pelas garotas fora dos ônibus na turnê com o Quiet Riot e Whitesnake em 1984 era onde ele estava. Como resultado, frequentemente aparecia em ‘filmes’, como ele os chamava. Isso significava que um de seus relacionamentos havia dado errado e estava se tornando uma novela. O engraçado é que não importava o quanto ele irritasse a garota, ela sempre o perdoaria, voltaria e o encheria de presentes.

Fritz era o baterista de rock consumado: era o seu ofício. Ele se orgulhava de tocar, e bem, deveria ter feito isso. Ele tinha um estilo próprio. Confira a ponte para o refrão em ‘Heavy Metal Love’. Um lick tão simples, tocando nas horas vagas, mas Fritz aprendeu a tocá-lo em seu primeiro instrumento – o acordeão – em uma banda ‘oom-pah-pah’. Nos próximos dias colocarei fotos (como tenho certeza que centenas de outras pessoas farão), alguns vídeos e até Super 8.

Fritz se juntou à banda em 1983. Isso significa que ele está na banda há mais de 40 anos, com exceção de quando se mudou para a Flórida por alguns anos. O mundo perdeu um de seus GRANDES bateristas de rock. Como eu estava dizendo a Jamie ao telefone hoje: O público não tem ideia dos sacrifícios que os músicos fazem por sua arte. Você pensa que o mundo da música é um tipo de impacto bastante baixo. de trabalho.

Na verdade, você desiste da sua vida pessoal, da sua vida financeira, de qualquer tipo de regularidade na sua vida e… sem falar nas cicatrizes físicas. Ainda não conheci um baterista que não tenha rompido o manguito rotador … Caras com guitarras e baixos – idem. Ficamos nos quartos mais frios, nos quartos mais quentes, ficamos sem dormir e ganhamos uma m*rda de dinheiro. Tudo por essa coisa chamada ‘fazer música’. Fritz definitivamente fez isso. Ele amava sua bateria e adorava tocar bateria. Ele tinha muito orgulho de tudo que fazia. Vou sentir muita falta dele.

Meu coração está partido agora. Tenho que ir.”

A formação atual do Helix ainda conta com o baixista Daryl Gray e os guitarristas Chris Julke e Mark Chickan. “Old School”, álbum mais recente, saiu em 2019.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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