O caos que era integrar o Guns N’ Roses no início dos anos 2000, segundo Brain

Apesar das incertezas a cada noite, baterista revela que se divertia com os surtos de Axl Rose

O baterista Bryan “Brain” Mantia foi um dos vários membros do Guns N’ Roses no período em que Axl Rose transformou a banda quase em uma porta giratória de hotel, tamanha a circulação de pessoas.

Mesmo assim, o instrumentista conseguiu permanecer por 6 anos na formação, entre 2000 e 2006. Até mesmo gravou o disco “Chinese Democracy”, substituindo as partes de Josh Freese, seu antecessor.

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Em entrevista à Rolling Stone, o músico compartilhou suas memórias do período. Inicialmente, confessou ter aceitado o emprego pela admiração ao líder da empreitada.

“Não era tão fã da música, gostava mesmo era de Axl e sua vibe. Assisti aquele vídeo em que ele pula na plateia para arrancar a câmera de um cara e achei ele f*da. Foi essa aura meio Led Zeppelin que me fez querer entrar.”

Brain recordou especialmente a turnê de 2002. Em vez de mostrar que o Guns N’ Roses estava em uma nova fase, Axl decidiu irritar todo mundo ainda mais, com os tradicionais atrasos e shows cancelados.

“Todo mundo pirava: ‘Oh meu Deus. Axl está duas horas atrasado!’ Eu ficava sentado no camarim, tomando sorvete e pensando: ‘Quem se importa? Talvez nem toquemos! Isso é ainda melhor! Desde que o dinheiro chegue, quem se importa?’ Em um dia ele era brilhante, no outro surtava em pleno palco. Eu adorava isso. Você nunca sabe o que ia acontecer. Tivemos alguns dos melhores e piores shows. Era uma montanha russa. O caos reinava.”

Gravações de “Chinese Democracy”

Mas se engana quem está lendo e pensa que a maior sensação de ser um rockstar ocorria na estrada. As gravações de “Chinese Democracy” levaram as extravagâncias a outro patamar, de acordo com Brain.

“Acho que tenho o recorde de bateria montado por mais tempo no estúdio The Village, em Los Angeles. Foi onde eles fizeram ‘Tusk’ e outros álbuns do Fleetwood Mac. O kit permaneceu lá por cerca de quatro anos, pronto para a hora que precisasse tocar. Eu fiz a turnê de Tom Waits para o disco ‘Real Gone’ no meio tempo, só esperando a hora que me ligassem.

Eu adorava o fato de estar no Guns e poder fazer outras coisas, como ter aulas de golfe todos os dias. Também pude aprender sobre computadores, programação, orquestração e teoria musical. E então, do nada, vinha um telefonema: ‘Ei, Axl precisa de você.’ Era o mais próximo que ia chegar do Zeppelin. Faria isso para sempre.”

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Guns N’ Roses e Bryan “Brain” Mantia

Brain tocou em quase todas as músicas de “Chinese Democracy”. A única exceção é a faixa-título, gravada por Frank Ferrer, que é o titular das baquetas até hoje.

Apesar das polêmicas e críticas negativas em relação à sonoridade, o trabalho vendeu mais de 3 milhões de cópias em todo o mundo. Além disso, chegou ao número 1 nas paradas de oito países.

O trabalho mais recente de Mantia foi com a tecladista do Guns N’ Roses, Melissa Reese. A dupla fez a trilha do game “Cyberpunk 2077”, que saiu para computadores, além de plataformas PlayStation e Xbox.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. Gosto muito de Guns…fez parte da minha educação rockeira, os clássicos é que marcaram mesmo em termos de tudo!!!! Na época desse rock in rio 2001, marcou muito…lembro da galera usando video cassete para gravar o show, eu ainda tinha um video cassete da Philips!!!! Cheguei a ouvir o Chinese Democracy na íntegra, parece mesmo um trabalho solo de Axl, não tinha mais aquele feeling…são outros tempos, fato!!!! Saudade dessa época dos anos 90 até 2001, valeu!!!!

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