Quando crianças de “Another Brick in the Wall” (Pink Floyd) moveram ação por royalties

23 jovens participaram da gravação, envelheceram e conheceram seus supostos direitos tarde demais

Não dá para pensar em “Another Brick in the Wall”, do Pink Floyd, e não lembrar no coral infantil de sua segunda parte. À época, a banda se valeu de alunos da Islington Green School.

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A gestão da banda levou a ideia a Alun Renshaw, chefe de música da instituição, que ficou entusiasmado com a perspectiva. Encaminhando a situação para a diretora Margaret Maden, ele fez questão de não mostrar a letra e logo começou a trabalhar em ensaios de semanas com um grupo de 23 crianças, todas com idades entre 13 e 14 anos.

A música e sua letra no refrão dizendo “Não precisamos de educação / Não precisamos de controle de pensamento / Nenhum sarcasmo sombrio na sala de aula / Professores, deixam as crianças em paz” se tornou um clássico instantâneo. Porém, uma vez confrontada, Maden proibiu as crianças que cantavam de aparecer no videoclipe. Foi relatado que a escola recebeu um pagamento de £ 1.000 em compensação por seus vocais, bem como um disco de platina, mas os royalties nunca foram discutidos.

A princípio, tudo parecia ter corrido muito bem, com as crianças felizes em ter feito parte do momento histórico. Mas a gente envelhece e passa a conhecer o poder do “famoso processinho”. Em 2004, os já adultos que supostamente participaram do registro apresentaram um pedido conjunto de royalties musicais não pagos.

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Em artigo da MTV, resgate do Far Out Magazine, Renshaw lembrou:

“Não pensávamos nisso em termos de dinheiro, mas sim de experiência.”

Mas uma parte astuta que pensou no dinheiro foi um agente de royalties chamado Peter Rowan, que em 2004 apresentou uma reclamação de £ 6.000 em nome dos estudantes. No entanto, rastrear os alunos se mostrou bastante complicado, já que eles foram proibidos de aparecer no vídeo ou qualquer atividade promocional posterior.

Ainda assim, Rowan encontrou um dos cantores participantes, Peter Thorpe, no site Friends Reunited. Outros que ele conseguiu rastrear não estavam nem um pouco interessados na reivindicação. Thorpe, no entanto, estava.

“Fomos levados para os estúdios e foi muito divertido. Não sabia que tínhamos diretos aos royalties e estou muito feliz por poder reivindicá-los.”

No final, apenas 5 das 23 crianças solicitaram um pagamento da Performing Artists’ Media Rights Association. Foi gerada uma soma de £ 300 para cada, de acordo com artigo de 2019 do The Herald Courier. A expectativa inicial era de £ 80 a mais.

Pink Floyd, “Another Brick in the Wall” e “The Wall”

“Another Brick in the Wall” foi criada como uma composição de três partes. Na primeira, o protagonista Pink começa a construir um muro metafórico ao seu redor após a morte do pai. A segunda se concentra no sistema educacional rigoroso e nos professores abusivos. Na derradeira, o personagem se livra de todos.

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“The Wall” chegou ao primeiro lugar na Billboard 200 e vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo até hoje. Foi o último disco da banda como um quarteto. O tecladista Richard Wright acabou sendo demitido e recontratado como músico assalariado posteriormente. A turnê contou com a execução do disco na íntegra, além de uma representação dramatizada da história. Posteriormente, também viraria filme.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

4 COMENTÁRIOS

      • na verdade ele foi mandado durante a tour do the wall , tanto que essa tour deu grande prejuízo a eles , por causa de todo aquele cenário e aparato construídos pra representar o espetáculo . e ironicamente , ele foi o único dos 4 que recebeu dinheiro ,já que se tornou músico contratado desta tour . the final cut , único álbum q ele não toca . volta em 87 pro momentary lapse of reason , mas ainda como contratado . por questões judiciais só no álbum ao vivo delicate sound of thnder , lançado no ano seguinte , ele é finalmente reincorporado como membro , posto que jamais deveria ter sido tirado dele , por mais que tenha tido problemas com drogas , segundo a explicação do Roger . mas ,vários músicos tb tiveram esses problemas e não foram demitidos .

  1. na verdade ele foi mandado durante a tour do the wall , tanto que essa tour deu grande prejuízo a eles , por causa de todo aquele cenário e aparato construídos pra representar o espetáculo . e ironicamente , ele foi o único dos 4 que recebeu dinheiro ,já que se tornou músico contratado desta tour . the final cut , único álbum q ele não toca . volta em 87 pro momentary lapse of reason , mas ainda como contratado . por questões judiciais só no álbum ao vivo delicate sound of thnder , lançado no ano seguinte , ele é finalmente reincorporado como membro , posto que jamais deveria ter sido tirado dele , por mais que tenha tido problemas com drogas , segundo a explicação do Roger . mas ,vários músicos tb tiveram esses problemas e não foram demitidos .

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