Como Jack Russell se sente hoje por incêndio em show do Great White que matou 100

Tragédia aconteceu em 2003, devido a uso de pirotecnia em um ambiente fechado

Entre sucessos e polêmicas, nada marcou mais a carreira do Great White que o incêndio no The Station Nightclub, em West Warwick, Rhode Island. O show realizado pela banda no dia 20 de fevereiro de 2003 acabou em tragédia após a pirotecnia usada sair do controle e queimar o local por completo. Cem pessoas morreram, incluindo o guitarrista Ty Longley.

19 anos após a tragédia, foi lançado o documentário “America’s Deadliest Concert: The Guest List”. Foi a primeira vez que todas as partes interessadas se manifestaram na mesma produção

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Em entrevista ao The Logan Show, o vocalista Jack Russell respondeu como se sentir ao aceitar conceder depoimento à obra. Ele declarou, conforme transcrição do Blabbermouth:

“Sim, a coisa toda começou com uma história sobre mim, o incêndio e outras coisas. Mas meio que se transformou em outra coisa, falando sobre meus próprios testes pessoais, tribulações e as pessoas atingidas. Então, sim, estou feliz por ter feito isso – estou muito feliz por ter feito isso. Foi a chance de as pessoas ouvirem meu ponto de vista e como foi para mim – até certo ponto.”

O momento catártico, no fim das contas, é a única saída possível, conforme o frontman atesta. Não dá para refazer o que aconteceu.

“Nada nunca vai consertar isso, nada vai melhorar isso, nada vai tirar a dor disso ou secar as lágrimas. Não vai trazer ninguém de volta. Mas foi bom poder divulgar alguns dos fatos que não existiam.”

“Queria poder voltar no tempo e cancelar o show”

Jack entende ser improdutivo ficar calando culpados em algo que foi simplesmente um terrível acidente – embora não seja exatamente o que as autoridades e opinião pública entendam, de acordo com os resultados das investigações.

“Todo mundo tem sua própria opinião sobre isso e suas próprias crenças sobre o que aconteceu, de quem foi a culpa, se foi culpa de alguém, se foi apenas um acidente. Está tudo em jogo – você vai acreditar no que quiser, e, para mim, eu estava lá. Eu sei o que aconteceu. E não vou colocar a culpa em ninguém. Foi apenas uma tragédia horrível e eu gostaria de poder voltar atrás e cancelar aquele show. É algo que nunca irei superar.”

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Russell ainda revelou nunca ter ido visitar o memorial erguido no local onde era a casa de shows, em respeito aos familiares das vítimas.

“Eu não estive lá, apenas por respeito, porque acho que se as pessoas descobrissem isso, talvez machucaria os sentimentos ou manchasse o local para elas. Muitos me culpam – eu pessoalmente – pelo que aconteceu. Eu estava lá. Eu sei o que aconteceu e não vou ficar tentando me defender. As pessoas vão acreditar no que quiserem.”

E apesar de a vida – e a carreira – ter seguido, o músico não quer que imaginem que não faz mais diferença.

“Choro diariamente por isso. Perdi amigos, pessoas que nem sabia que estariam lá. Gente que voou de Los Angeles para estar no show e acabou morrendo. Só fui descobrir quando vi seus rostos na televisão no dia seguinte. Foi uma situação totalmente bizarra.”

Great White e o incêndio no The Station

O incêndio no The Station foi o quarto com maior número de mortes na história dos Estados Unidos. Em 2008, a banda fez um acordo de US$ 1 milhão com sobreviventes e famílias das vítimas.

Hoje, o Great White segue carreira com duas versões, uma comandada por Mark Kendall e a outra por Jack Russell.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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