Por que é difícil assistir a “The Beatles: Get Back”, segundo David Gilmour

Guitarrista do Pink Floyd diz adorar ver documentários sobre bandas dos anos 1960 e 1970, mas ficou surpreso com Paul McCartney ter liberado produção do Disney+

Lançada em 2021, a série documental “The Beatles: Get Back” acompanha o processo de criação do que tornou-se o álbum “Let It Be” (1970). Ao longo de oito horas, os três episódios mostram não só as sessões em estúdio como também os conflitos entre o Fab Four durante o processo – incluindo a breve saída do saudoso guitarrista George Harrison.

Por esse motivo, na opinião de David Gilmour, é um tanto quanto “difícil” assistir à produção. Conversando recentemente com a revista Uncut (via Beatles Magazine), o guitarrista do Pink Floyd explicou que adora ver documentários sobre bandas dos anos 1960 e 1970 e que, ao analisar “Get Back”, ficou surpreso pelas tensões internas abordadas.

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Ele declarou:

“Paul age de maneira dominadora e John (Lennon) fica se esquivando por causa do momento em que estava na época. George também estava saindo e voltando da banda. [A situação] é horrível. Quero dizer, é incrível que a gente possa assistir, mas estou surpreso que Paul permitiu o lançamento.”

David Gilmour e os Beatles

Em 1967, Beatles e Pink Floyd tiveram uma rápida interação nos corredores dos estúdios Abbey Road. O Fab Four dava os últimos retoques em sua obra majestosa “Sgt. Pepper’s Lonely Heats Club Band”, enquanto os então novatos preparavam “The Piper at the Gates of Dawn”, seu primeiro álbum completo. Ambos os discos saíram em 1967.

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À época, David Gilmour ainda não era companheiro de trabalho de Roger Waters, Syd Barrett, Richard Wright e Nick Mason. Porém, o guitarrista e vocalista talvez tenha sido o maior dos fanáticos pelos rapazes de Liverpool.

Durante participação no tradicional programa da rede de rádios BBC “Tracks of My Years” (via Far Out Magazine), Gilmour colocou “You’ve Got to Hide Your Love Away” na playlist de sua vida. E explicou:

“Eu fui um daqueles fãs absolutamente louco dos Beatles. ‘You’ve Got To Hide Your Love Away’ é, eu acho, o primeiro momento de John Lennon sendo influenciado por Bob Dylan. É muito na veia de Bob Dylan. Portanto, é apenas um exemplo de centenas de coisas que eu poderia escolher. Qualquer coisa dos Beatles, na verdade. Canção fantástica.”

Já em 2015, o terceiro líder do Floyd confessou que gostaria de ter feito parte do grupo, de alguma forma.

“Eu realmente gostaria de ter estado nos Beatles. Eles me ensinaram a tocar. Não apenas guitarra, mas eu aprendi tudo. As partes do baixo, o solo, o ritmo, tudo. Eles foram fantásticos.”

Sobre “The Beatles: Get Back”

Disponível no Disney+, “The Beatles: Get Back” resgata o material produzido pelo diretor britânico Michael Edward Lindsay-Hogg entre os dias 2 e 31 de janeiro de 1969. Na época, os Beatles trabalhavam em estúdio na criação de um álbum que seria intitulado “Get Back”, mas acabou se tornando “Let It Be” (1970), o último da carreira da banda.

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A ideia era produzir um especial de TV na época, mas o projeto se transformou no documentário “Let It Be”, também lançado em 1970. O período foi marcado por tensões internas na banda, com direito a uma breve saída do guitarrista George Harrison. Por esse e outros motivos, o álbum acabou engavetado e a banda gravou “Abbey Road” (1969) em seguida, sendo lançado antes do próprio “Let It Be”.

Agora, o novo projeto restaurou e digitalizou o filme original, além de apresentar material complementar.

Para isso, Peter Jackson, notável por trabalhos como a trilogia “O Senhor dos Anéis”, ficou a cargo de analisar 55 horas de filmagens inéditas sobre as sessões em estúdio. Além disso, ele gerenciou 140 horas em captações de áudio para decidir o que aproveitar.

Em comunicado anterior, Peter Jackson disse que o filme original focou demais na tensão existente entre os integrantes – o que não aconteceu na nova produção. “Existem momentos dramáticos, mas nada como o que as pessoas dizem há tanto tempo”, disse.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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