O que afastou Billie Joe Armstrong, fã de Van Halen e Randy Rhoads, dos solos de guitarra

Vocalista e guitarrista do Green Day era um músico "antissolo" no passado, mas mudou de opinião, como percebido no recente disco “Saviors”

O Green Day começou o ano de 2024 lançando seu décimo quarto álbum de estúdio. Com 15 faixas, “Saviors” saiu no dia 19 de janeiro e, segundo o baixista Mike Dirnt, é marcado pela abundância de energia e melodias, além de elementos presentes em toda discografia da banda.

Fato é que, ao longo do disco, são notáveis os solos de guitarra executados por Billie Joe Armstrong. Contudo, no passado, o vocalista e guitarrista cultivou certa antipatia pelas partes em que o instrumento de seis cordas rouba o protagonismo.

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Conversando com a Guitar World, o músico explicou por que criou o sentimento, sobretudo no início de sua carreira. Em suas próprias palavras, apesar de ser fã de nomes como Eddie Van Halen e Randy Rhoads desde a infância, a exibição exagerada dos solos no heavy metal e a quase “competição” criada ao redor disso geraram certa insegurança e o afastou. 

“Quando eu era criança, amava Eddie Van Halen [Van Halen], Angus Young [AC/DC] e Randy Rhoads [Ozzy Osbourne]. E então, de repente, parecia que você estava nas Olimpíadas de guitarra. Se você queria tocar, tinha que ser tão bom quanto esses caras e ser capaz de tocar tão rápido quanto Yngwie Malmsteen. E eu pensei, ‘cara, se for assim, eu vou acabar sentado no meu quarto para o resto da minha vida e nunca vou estar em uma banda’.” 

Por isso, acabou procurando outros estilos musicais e criando uma política “antissolo” – o que aparece mais explicitamente no álbum “Dookie” (1994). 

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“Foi aí que meus gostos começaram a mudar e comecei a conhecer mais a música punk e alternativa, que focava mais no ritmo. Também tinha muita guitarra e grandes solos, mas não era igual ao heavy metal, que começou a virar uma paródia. O que aconteceu foi que eu comecei a ser um guitarrista anti-solo, especialmente no álbum ‘Dookie’.”

Mudança recente de Billie Joe Armstrong

No fim das contas, o músico mudou de opinião. Em “Saviors”, por exemplo, ele acredita ter feito solos como nunca, chamando ainda a experiência de “divertida”.

“Eu meio que encarnei o ‘Deus do rock’ e comecei a fazer muito solos. Na verdade, acho que fiz mais solos neste disco do que em qualquer outro que já lançamos. No caso, não de uma maneira mais voltada ao shredding. Eu amo James Honeyman-Scott [falecido guitarrista do Pretenders] e Mick Ronson [falecido guitarrista de David Bowie e Ian Hunter] e caras assim, que fazem solos realmente melódicos que se encaixam com a melodia e com o que a música está pedindo. Além disso, é divertido simplesmente chegar e fazer um solo de guitarra.”

Green Day e “Saviors”

As gravações de “Saviors” foram realizadas em Londres e Los Angeles. A produção ficou a cargo de Rob Cavallo, que assinou a função em “Dookie” (1994) e “American Idiot” (2004). À rádio 102.1 The Edge, Billie Joe Armstrong declarou:

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“Esse álbum representa o melhor de tudo que o Green Day tem. São 30 anos de experiência. Seja algo de ‘Dookie’ ou ‘American Idiot’, acho que de alguma forma fomos capazes de preencher a lacuna ao fazer algo que é como um disco essencial para nós.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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