Em meio à guerra, Roger Waters critica governo de Israel por genocídio palestino

Músico criticou à TV Brasil conflito e apoiadores do estado israelense e disse acreditar que situação atual não é vontade do povo

Em tempos de um novo conflito envolvendo Israel e o grupo armado palestino Hamas, Roger Waters não poderia ficar sem se manifestar. O ex-Pink Floyd está no Brasil para realizar shows da turnê “This is Not a Drill” e deu uma entrevista ao jornalista Leandro Demori na TV Brasil.

Ao falar sobre manifestações políticas de artistas em modo geral, o músico, que se posiconou a favor da população palestina ao longo dos anos, criticou duramente o governo de Israel.

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Em resposta até emocionada, Waters pediu pelo fim do genocídio na Faixa de Gaza. Ele se refere aos ataques aéreos e cerco feitos pelas forças armadas israelenses depois de um ataque terrorista do Hamas, que matou e sequestrou pessoas.

As acusações do músico também recaíram sobre os Estados Unidos e países da Europa, que têm apoiado Israel de diversas formas. Conforme transcrição do site, ele afirmou:

“Por isso é extremamente importante resistir e dizer ‘basta de genocídio’. Quer que eu seja mais direto? Em Gaza! Parem o genocídio! Eu estou quase chorando aqui agora, sentado nesse estúdio de TV. O meu coração não está aqui em Brasília, está lá. Não tem como aceitar o que está acontecendo, o que estão fazendo, o que o governo israelense está fazendo, e com a permissão dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França e da maior parte da Europa.”

Apesar das palavras duras contra os governos, Waters deixou claro em sua fala que acredita que o conflito não é vontade do povo, tanto em Israel quanto em outros países. Também elogiou as manifestações pró-Palestina.

“As manifestações nas ruas têm sido enormes. Um dos meus filhos marchou do Hyde Park Corner, em Londres, até Downing Street. Haviam mais de 300 mil jovens, homens e mulheres, marchando com ele até Downing Street para dizer ‘não em meu nome’.”

Acusações de antissemitismo

Sempre que Roger Waters fala sobre Israel, acende-se um alerta, já que o músico é frequentemente acusado de ser antissemita. Entre as pessoas famosas que já o acusaram estão o produtor Bob Ezrin, o saxofonista Norbert Stachel (ambos em um documentário sobre o tema, intitulado “The Dark Side of Roger Waters”) e Polly Samson, esposa do ex-colega de Pink Floyd e eterno desafeto, David Gilmour.

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Outras polêmicas de Waters sobre o tema incluem o uso de símbolos como a Estrela de Davi em performances críticas em seus shows, bem como o uso de figurinos com estética nazista ao vivo. Ele nega ser antissemita e classifica os elementos dos shows como expressão artística. Vale lembrar que o pai de Roger morreu lutando contra o exército nazista na Segunda Guerra Mundial.

De fato, o músico participa de campanhas que boicotam Israel de diversas maneiras ao compararem a política do país em relação ao povo palestino ao regime de Apartheid, que vigorou na África do Sul até os anos 90 e excluía a população negra. Membro do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções), Waters chegou a pedir que o brasileiro Milton Nascimento cancelasse uma apresentação na cidade israelense de Tel-Aviv.

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Roger Waters no Brasil

Em sua quinta passagem pelo país, Roger Waters traz a turnê “This is Not a Drill”, mais um dos espetáculos que o ex-Pink Floyd promove em carreira solo.

O primeiro show já aconteceu na última terça-feira (24), na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília. As próximas datas são: Estádio Nilton Santos (Engenhão), Rio de Janeiro (28/10), Arena do Grêmio, Porto Alegre (01/11), Arena da Baixada, Curitiba (04/11), Mineirão, Belo Horizonte (08/11) e Allianz Park, São Paulo (11 e 12/11).

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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