A discordância sonora entre David Gilmour e Roger Waters em “Dark Side of the Moon”

Eternos desafetos, músicos possuíam visões diferentes sobre a sonoridade do disco de maior sucesso do Pink Floyd

Não é segredo para ninguém que David Gilmour e Roger Waters nunca foram amigos. E não há qualquer problema nisso. Tal qual um time esportivo, o importante é que um passe a bola para o outro e faça o jogo fluir. O único problema foi quando isso deixou de acontecer. E ocorreu justamente no que se tornaria o maior sucesso do Pink Floyd.

Em entrevista de 1993 à revista Guitar World, o guitarrista e vocalista foi questionado sobre a importância do produtor e engenheiro de som Chris Thomas no resultado do álbum “The Dark Side of the Moon” (1973).

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Ele respondeu:

“Chris chegou durante o processo de mixagem e foi fundamental para que nossas discussões cessassem. Eu queria que o disco fosse grandioso, pantanoso e molhado, com reverbs e coisas assim. Já Roger estava mais interessado em um som seco. Acho que ele foi muito influenciado pelo primeiro álbum solo de John Lennon (Plastic Ono Band), que seguia essa linha. Brigamos tanto que foi sugerido que procurássemos uma terceira opinião.”

Inicialmente, a ideia era que nenhum dos dois se intrometesse no processo. Mas a ansiedade impediu.

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“Íamos deixar Chris mixar sozinho, sob a engenharia de Alan Parsons. Mas, claro, no primeiro dia descobri que Roger se esgueirou para lá. Então, no segundo dia eu também fui. A partir de então, nós dois sentamos bem no ombro de Chris, interferindo. Por sorte, ele simpatizava mais com meu ponto de vista do que com o de Roger.”

David Gilmour e os tipos de tensão

Antes que alguém procure ver a tensão criativa como um aspecto positivo, David Gilmour adverte:

“Uma coisa é tensão criativa. Outra é tensão megalomaníaca egocêntrica total.”

Pink Floyd e “The Dark Side of the Moon”

Oitavo disco do Pink Floyd, “The Dark Side of the Moon” é seu trabalho mais bem-sucedido, com mais de 45 milhões de cópias vendidas mundialmente. Permaneceu 741 semanas consecutivas na parada norte-americana entre 1973 e 1988.

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Foi concebido como uma obra com temática focada nas pressões enfrentadas pela banda e os problemas de saúde mental do ex-membro Syd Barrett, que deixou o grupo em 1968. O material foi desenvolvido em performances ao vivo, com boa parte sendo executada nos palcos antes mesmo das gravações.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

7 COMENTÁRIOS

  1. Esse tema Waters X Gilmour, é muito chato e enfadonho, porque muitos querem atribuir a Gilmour uma importância muito além da realidade. Para compreender e tirar conclusões, basta ver as contribuições nos álbuns do PF, basta ver os álbuns inéditos do PF pós Waters e basta ver os álbuns solo do Waters pós PF. Só não vê quem não quer.

  2. As carreiras solo de Waters, Gilmour e o Pink após a saída do Waters nunca chegaram perto do nível alcançado pelo Pink com o quarteto Waters, Gilmour, Wright e Mason: a química musical do quarteto fazia a diferença.
    Poucos topariam ir a um show de Waters ou Gilmour sem que estes tocassem músicas do Pink.
    E, pra ir a um show do Waters, ainda se precisa aturar uma militância chata pra c…, fora o ridículo de bobagens como “resista ao capitalismo” pagando 1000 pilas pelo ingresso. Deve estar ficando gagá. A idade chega pra todos. Pena.

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