O big 4 do rock progressivo, segundo Ian Anderson

Líder do Jethro Tull escolheu um quarteto britânico para integrar um suposto patamar especial no gênero

Líder do Jethro Tull, o vocalista e multi-instrumentista Ian Anderson possui uma certa autoridade para falar sobre rock progressivo – embora o próprio prefira se descolar do rótulo, como já deixou claro em várias ocasiões. De qualquer modo, o artista procura se manter atualizado da maneira que pode, como a recente colaboração com o Opeth deixa claro.

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Em 2002, durante entrevista ao site Vintage Rock, o músico foi questionado sobre o que tem escutado. Sobrou espaço até para destacar uma parte específica do mapa como grande celeiro.

Disse Anderson, inicialmente, conforme resgate do Far Out Magazine:

“Há muitas bandas ótimas por aí e eu ouço essas coisas com frequência. Recebo discos e as bandas de abertura me entregam material. Existem algumas grandes na Europa fazendo rock progressivo contemporâneo. Há alguns grupos que são horríveis, mas também aqueles que são realmente bons. A Escandinávia é uma verdadeira estufa de rock progressivo.”

O big 4 do prog segundo Ian Anderson

De qualquer modo, Ian deixa claro que busca por sons que tenham personalidade própria. Ele aproveita para destacar quais grupo formariam um big 4 do gênero.

“Acho que tenho preferência por aqueles que não estão tentando clonar o Genesis antigo, muito menos King Crimson, Emerson, Lake and Palmer ou Yes. E eu acho que esses são realmente os quatro grandes. A banda arquetípica de rock progressivo que precedeu todos eles foi, claro, o Pink Floyd que, em 1967, gravou ‘Piper at the Gates of Dawn’. Isso era rock progressivo por qualquer definição.”

Quanto à própria banda, como já destacado, há controvérsias. Anderson disse:

“O Jethro Tull pode ter, em algum momento, sido associado a esse gênero – mas apenas se você aplicar o termo ‘rock progressivo’ em um sentido amplo e amplo. Neste caso, você terá que abraçar nomes como Radiohead como uma banda contemporânea do gênero. Talvez algumas das bandas de Seattle do final dos anos 80 e início dos anos 90 se qualificariam dessa forma.”

Também há alguns nomes dos anos 1980 que Anderson coloca em um espectro progressivo. O músico afirmou:

“O Police no auge era uma espécie de banda de rock progressivo. Na verdade, eles tinham dois músicos com origem no rock progressivo. Talvez nem tanto Sting. Mas como banda, eles se aventuraram em elementos do estilo, além de peças estruturadas e mais dinâmicas. Mas, por definição ampla, há muito rock progressivo. Se estamos falando sobre esse gênero histórico e definidor, então estamos falando sobre King Crimson, Emerson, Lake e Palmer, Genesis antigo, Yes… provavelmente é isso. Acho que é por isso que o Jethro Tull sempre cultivou e manteve um certo grau de liberdade e mais improvisação, o que nos afastou um pouco daquele tipo de performance estruturada e musicalmente mais refinada. Rock progressivo – eu tenderia a usar a definição mais ampla, a menos que estejamos nos detendo nos momentos históricos de algumas músicas do início dos anos 70.”

Jethro Tull no Brasil

Recentemente o Jethro Tull finalizou mais uma turnê pelo Brasil. O giro estava marcado desde o período pandêmico, mas acabou sendo adiado várias vezes pelos motivos óbvios. A cobertura do show de São Paulo pode ser lida clicando aqui.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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