A melhor música de todos os tempos, segundo a ciência

Lançada originalmente em 1982, canção destacada por estudo ganhou revival de popularidade nos últimos anos

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Existe a música perfeita? Bem, na teoria pode ser qualquer uma que você escolher para o posto. Basta ela fazer sentido para o seu gosto. Porém, também dá para juntar cientistas e chegar a um denominador comum – mesmo que, ainda assim, meramente subjetivo perante a realidade dos fatos.

Foi o que o Gizmodo fez em 2017. Para a missão, foi reunida uma equipe de neurocientistas e especialistas em música. O resultado apontou “Africa” do Toto como principal candidata ao patamar olímpico.

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Uma das explicações veio de Dave Poepell, professor de psicologia e ciência neural da Universidade de Nova York.

“O Toto acaba sendo notavelmente bom e sofisticado por conta de seus integrantes. É um grupo de músicos de estúdio altamente respeitados. Eles criaram essas músicas com muito cuidado e tiveram um sucesso incrível com os quatro primeiros álbuns. Outros instrumentistas realmente amam essa banda.”

O neurocientista Daniel Glaser ressalta o fator natural como preponderante para o consenso.

“A melhor maneira de testar uma música ainda é humana. Podemos medir como as pessoas respondem às músicas de várias maneiras, incluindo varreduras cerebrais, medidas de substâncias químicas no cérebro, incluindo dopamina (que está associada ao sistema de recompensa interno). Na verdade, medir o bater do pé ou os músculos do sorriso é provavelmente tão bom quanto a maioria dos métodos científicos.”

Em última análise, apesar da base matemática da música, um fator espontâneo tem muito mais a ver com a reação alcançada: a beleza auditiva ainda está muito no ouvido. Amy Belfi, que estuda a reação do cérebro à música, explica:

“O desafio da psicologia, mas principalmente quando olhamos para a música, é o fato de que existem diferenças individuais. O gosto das pessoas é muito diverso. Em vários estudos sobre arrepios ou respostas realmente positivas, eles pedem aos participantes que tragam sua própria playlist para ouvir. Portanto, você teria que fazer uma comparação entre música altamente agradável e música não agradável. A reação é totalmente diferente de uma pessoa para outra.”

Desafiando a ciência

Embora a teoria musical siga a mesma, novas descobertas desafiam o que antes era visto como fato. Se você odeia a música do Toto, não é como se você estivesse indo contra a ciência.

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Conforme observado pelo site Far Out Magazine, um exemplo recente da tribo boliviana Tsimane comprova isso. A música deles, atonal e com notas opostas, ia contra todas as normas padrão. Desafiava o que os ouvidos comuns, culturalmente, percebem como regras.

Um estudo recente do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e do Instituto Max Planck de Estética Empírica, na Alemanha, analisou essa questão e descobriu não haver qualquer diferença biológica entre os Tsimane e outros povos no sentido de audição. Trata-se apenas de uma questão básica: linguaegm musical é algo aprendido.

O padrão musical com o qual estamos acostumados é visto simplesmente como um idioma estrangeiro para os Tsimane. A música é um comunicador universal, mas falamos em línguas diferentes dentro dela.

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Toto e “Africa”

“Africa” faz parte do álbum “Toto IV”, de 1982, tendo sido composta pelo tecladista/vocalista David Paich e o baterista Jeff Porcaro, já falecido. Na última década, obteve um revival de popularidade, especialmente após o Weezer registrar uma versão a pedido dos fãs. Em vendas físicas, o single original teve mais de 6 milhões de cópias comercializadas só nos Estados Unidos. Os streams cumulativos do Spotify entre covers e registros ao vivo excedem os 3 bilhões de reproduções.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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