O álbum do Black Sabbath com Dio que Iommi chama de “confuso”

Segundo disco da banda com o vocalista teve sessões conturbadas, com direito a projeto de estúdio próprio abandonado

O Black Sabbath reabilitou a carreira com o lançamento do álbum “Heaven and Hell” (1980). A entrada de Ronnie James Dio injetou novo ânimo na banda, além de possibilidades sonoras diferentes das que Ozzy Osbourne era capaz de oferecer. O esforço foi reconhecido pelos fãs, com o trabalho obtendo o melhor desempenho de um disco da banda em anos.

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O passo seguinte veio na forma de “Mob Rules” (1981). A despeito de algumas críticas, o resultado agradou o público, que seguiu prestigiando. Porém, dentro do grupo, as coisas já não eram mais as mesmas.

Quem garante é Tony Iommi. Em 1992, o único membro presente em todas as formações deu um panorama do cenário à época. E não foi dos melhores.

O guitarrista explicou, em entrevista à Guitar World (via Far Out Magazine):

“Todos estávamos passando por muitos problemas naquela época, a maioria deles relacionados às drogas. Até Martin Birch, estava envolvido pelo vício e prejudicou o som daquele disco. Quando isso acontecer com o seu produtor, você estará realmente ferrado.”

Sendo assim, não é de se estranhar o adjetivo dado pelo mestre dos riffs ao resultado.

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“‘Mob Rules’ foi um álbum confuso para nós. Começamos a escrever músicas de maneira diferente por algum motivo e acabamos não usando muito material realmente bom. Aquela formação [Iommi, Dio, Butler, Ward] foi realmente ótima, mas tudo desmoronou por motivos muito bobos – estávamos todos agindo como crianças. No fim das contas, acho que precisávamos nos separar de Ronnie e ganhar um pouco de espaço para respirar para podermos fazer o que estamos fazendo com ele agora (nota da redação: a entrevista foi realizada no período de ‘Dehumanizer’, que marcou o reencontro com o cantor).”

Black Sabbath e “Mob Rules”

Lançado em 4 de novembro de 1981, “Mob Rules” é o décimo trabalho de estúdio do Black Sabbath. Foi o primeiro a contar com o baterista Vinny Appice, que substituiu Bill Ward em meio à turnê de “Heaven and Hell”.

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Após ter se afastado temporariamente durante as sessões do antecessor, Geezer Butler participou ativamente do processo de composição. Apesar de não ter alterado dramaticamente a fórmula usada no anterior, a presença do baixista resgatou algumas características do passado.

Inicialmente, a ideia era gravar tudo em um estúdio construído pela própria banda, para economizar custos. Porém, após não encontrarem o som desejado, partiram para Los Angeles, Estados Unidos, com o produtor Martin Birch.

“Mob Rules” ganhou discos de ouro nos Estados Unidos e Canadá, além da premiação de prata no Reino Unido. Após a turnê de divulgação, que gerou o álbum ao vivo “Live Evil” (1982), Dio e Appice sairiam do grupo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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