As bandas que Dave Grohl recusou após o fim do Nirvana

Baterista foi e ainda é um dos músicos mais requisitados em vários estilos e, felizmente, parece ter feito as pazes com os fantasmas do passado

Com a morte de Kurt Cobain em 1994, o Nirvana encerrou oficialmente suas atividades e tanto o baixista Krist Novoselic quanto o baterista Dave Grohl seguiram por novos caminhos.

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Grohl acabou criando em 1995 sua própria banda, o Foo Fighters, com quem segue até hoje. Porém, antes disso, ele recebeu alguns convites que em uma primeira análise parecem irrecusáveis, vindos do Pearl Jam e de Tom Petty.

Dave Grohl e Pearl Jam

A história envolvendo o Pearl Jam é um pouco nebulosa, pois não é exatamente confirmada por Dave. Porém, é dado como certo nos bastidores que ele teria sido sondado ainda em 1994, na mesma época em que o baterista Dave Abbruzzese deixava o grupo.

O hoje líder do Foo Fighters se referiu ao rumor em entrevista para o programa de rádio de Howard Stern no ano de 2021. Conforme transcrito pelo site Ultimate Classic Rock, o músico declarou:

“Não sei de onde saiu a coisa do Pearl Jam. Eu conhecia os caras, mas eles nunca ligaram e pediram para que eu tocasse bateria com eles. Eu toquei com eles uma vez no palco, na Austrália, ou algo assim – mas não, eles não chamaram.”

Até rolaram algumas participações em shows no ano de 1995, durante uma turnê pela Austrália. Mas não passou disso.

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Um dos Heartbreakers

Já o convite de Tom Petty and The Heartbreakers é confirmado por Grohl. O músico foi chamado para fazer uma participação com a banda no programa de TV Saturday Night Live, ainda em 1994. Como seria apenas para uma ocasião, ele topou. A vaga foi oferecida de forma permanente, contudo, a resposta foi “não”.

Na mesma conversa com Howard Stern, Dave relembrou o convite feito pessoalmente por Tom após a apresentação na TV.

“Tocamos no SNL e depois disso, basicamente, ele disse: ‘cara, isso foi bom; seria uma pena se essa fosse a única vez que fazemos isso’. Então ele ligou na minha casa e disse: ‘olha, se você quiser, é assim que faríamos: você teria seu próprio ônibus e nós não fazemos tantas turnês… se estiver a fim, vamos sair e fazer isso por um tempo’.”

A recusa aconteceu principalmente pela perda recente de Kurt Cobain e o trauma que isso representou – e ainda representa – para os antigos membros do Nirvana. Dave Grohl iniciou o Foo Fighters como um projeto solo, onde tocava todos os instrumentos e cantava. A ideia de tocar bateria para outra banda o fazia se sentir muito mal.

“Eu me sentia estranho em voltar apenas para a bateria, porque isso me lembraria de estar de volta ao Nirvana. Seria triste para mim, pessoalmente. Seria uma coisa emocionante estar atrás da bateria toda noite e não ter Kurt ali.”

E não foi só depois do Nirvana que Dave Grohl se tornou um baterista requisitado. Antes de sua entrada na banda, em 1990, ele quase fez parte do Gwar, recebendo um convite e chegando a começar a pensar no desenho da fantasia que usaria. As tratativas não foram adiante e na mesma época seu nome foi indicado a Kurt Cobain por Buzz Osborne (Melvins).

O tempo cura tudo

No entanto, o tempo parece ter feito muito bem a Dave Grohl. Com o passar dos anos, o inquieto músico já assumiu a bateria em diversas participações – até mesmo no Foo Fighters, trocando de lugar com Taylor Hawkins.

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Uma das situações foi o projeto Probot, onde assumiu todos os instrumentos e chamou vários convidados para os vocais, como Max Cavalera (Soulfly, ex-Sepultura), Cronos (Venom), Lemmy Kilmister (Motörhead), King Diamond e muito mais.

Outras participações de Grohl como baterista incluem Queens of the Stone Age, Them Crooked Vultures, Ghost, Tenacious D, Garbage, Killing Joke, Nine Inch Nails, Tony Iommi, Slash e Halsey. Os dois primeiros da lista chegaram a fazê-lo cogitar dar um tempo com o Foo Fighters para retornar à bateria.

* Texto por André Luiz Fernandes, com pauta e edição por Igor Miranda.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

1 COMENTÁRIO

  1. Curti muito ele no album With Teeth do NIN.
    As bateria dele é realmente algo fora desse mundo. Mas agradeço por ele ter continuado no Foo Fighters. Do humor nos clipes às letras inspiradoras. É perfeito para ele.

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