“Derivativo”: a crítica de Andy Summers à música atual

Aparentemente dsconectado da realidade, eterno guitarrista do The Police subestima até mesmo a importância das redes sociais

O guitarrista Andy Summers parece estar desconectado da realidade das coisas. Em recente entrevista a Johnny Beane (transcrita pelo Ultimate Guitar), o músico menosprezou toda a produção musical atual, no melhor estilo saudosista.

Curiosamente, apesar de estar falando para um canal do YouTube, o ex-The Police desdenhou do potencial das redes sociais e seus efeitos na indústria.

“Eu acho que se você é uma banda jovem agora, está no início de sua carreira, e espera realmente fazer sucesso – um dia esgotar os ingressos do Madison Square Garden – então você tem que fazer tudo isso o tempo todo… Claro, você também precisa estar fazendo um bom trabalho musicalmente.

Vamos apenas dizer… você tem que ser uma ótima banda, ter as músicas, um cara legal na frente… E então pode fazer tanto lixo quanto quiser no Instagram. Mas se o material real não estiver lá – quero dizer, coisas como o Instagram, eles são todos periféricos ao trabalho real… Sim, você conseguiu no Instagram, mas é uma música ruim – desculpe.”

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A seguir, o próprio entrevistador ressalta que qualquer um pode gravar um disco hoje. Summers responde:

“Bem, a maioria das coisas atuais são derivativas. É muito raro você ver mais algo original. Quero dizer, mesmo no hip-hop… Então, a única coisa que você tem é uma cara nova… mas espero que eles saibam cantar.”

Andy Summers e “Harmonics of the Night”

O álbum mais recente de Andy Summers foi “Harmonics of the Night”. Lançado em outubro de 2021, o trabalho encerra uma trilogia iniciada em “Metal Dog” (2016) e prosseguida em “Triboluminescence” (2017).

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O conceito começou com uma improvisação de violão para uma exposição de museu com fotos do músico. O trabalho foi disponibilizado seis dias antes do início de uma nova exibição na Leica Gallery, em Londres. A faixa mais ouvida no Spotify, “A Certain Strangeness”, acumula apenas 18 mil reproduções. Por que será, já que ele possui todas as respostas?

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

3 COMENTÁRIOS

  1. Vc tá falando de alguém que vendeu mais de 60 milhões de discos. Se algo está descolado da realidade é seu comentário sarcástico… 60 milhões de discos!!! Tem noção do que isso representa? Significa que ele pode escolher os 18 mil que vão ouvir sua nova música e cagar pra qualquer rede social.

  2. Errata: escrevi que o Policie vendeu 60 milhões de discos. Na verdade são mais de 75 milhões. 15 milhões de motivos a mais pra vc rever seu comentário. Andy Summers é um guitarrista que criou reefs inesquecíveis, uma maneira de tocar única e indefectível. Seu trabalho depois de ficar milionário ainda muito jovem, é todo voltado para a arte em forma de qualidade, não pra vender mais. Os melhores instrumentistas são em sua grande maioria pobres e desconhecidos do público. Summers foge deste estereótipo, fazendo jazz de qualidade, sem compromisso algum com a indústria comercial.

  3. Esse comentário final da matéria foi bem estúpido. Se era pra ser uma piada, não funcionou.
    Summers esteve envolvido em diversos trabalhos de cifras milionárias, como os discos do Police ou mesmo o Tubular Bells, do Mike Oldfield. Ele não tem mais nada a provar. De uns anos pra cá, seu trabalho não guarda ambições de ser mainstream.
    Se você quisesse realmente zombar de alguma ambição mal sucedida de Summers (o que seria idiota, mas, vá lá), poderia ter citado a banda Circa Zero, que ele montou em 2013 tentando reproduzir o formato e o som do Police, mas que não circulou muito bem.

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