Por que o Metallica abandonou o thrash no “Black Album”, segundo Hetfield

Apesar das reclamações de fãs mais radicais, a aposta se pagou com sobras, levando a banda ao estrelato e ao topo da cadeia alimentar do rock/metal

Quinto disco autoral da carreira do Metallica, o trabalho homônimo, conhecido popularmente como “Black Album”, mostrava a banda explorando novas sonoridades, dando início à parceria com o produtor Bob Rock. Pela primeira vez os músicos usaram três tipos de afinações diferentes: a tradicional em mi, mi bemol e ré.

A atmosfera mais dark e reflexiva das músicas não era apenas uma mudança de abordagem superficial. Além do amadurecimento natural que a idade traz, três dos quatro integrantes passaram por divórcios no período – James Hetfield era a exceção.

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Em entrevista ao jornalista David Fricke, resgatada pela Metal Hammer, o vocalista e guitarrista refletiu sobre os riscos corridos, além das acusações que o grupo precisou enfrentar dos headbangers puristas, que o acusavam de ter “se vendido”.

“Fomos alimentados por muito ódio e muito medo de não sermos bons o suficiente. Essas duas coisas combinadas nos levaram onde precisávamos estar após ‘…And Justice For All’. No final do dia, percebemos: ‘O que estamos fazendo? Você ouviu essa outra banda? Eles são mais rápidos que nós. E daí! O que mais temos?’”

Sendo assim, não se engane quem pensa que a guinada foi espontânea. O resultado foi obtido de forma pragmática pelos envolvidos.

“Decidimos: ‘Vamos tornar o som mais musculoso, mais poderoso!’. Isso ajudou a mudar nossa direção, percebendo que era um objetivo inútil ser o mais rápido, o mais complexo ou ter o riff mais louco do planeta. Essas são coisas finitas – vamos ser nós mesmos, honestos conosco.”

Metallica e “Black Album”

“Metallica”, o álbum vendeu até hoje cerca de 31 milhões de cópias em todo o mundo, sendo o disco mais comercializado das últimas três décadas em qualquer gênero musical, de acordo com levantamentos dos órgãos que monitoram as movimentações da indústria.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. “Apesar das reclamações de fãs mais radicais, a aposta se pagou com sobras, levando a banda ao estrelato e ao topo da cadeia alimentar do rock/metal”

    Jornalista que escreve esta atrocidade de expressão, “rock/metal”, nem merecia ter espaço na imprensa.
    Topo da cadeia alimentar do rock.
    “Rock/metal” é idêntico a dizer “árvores/goiabeiras”.

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