Quinto disco autoral da carreira do Metallica, o trabalho homônimo, conhecido popularmente como “Black Album”, mostrava a banda explorando novas sonoridades, dando início à parceria com o produtor Bob Rock. Pela primeira vez os músicos usaram três tipos de afinações diferentes: a tradicional em mi, mi bemol e ré.
A atmosfera mais dark e reflexiva das músicas não era apenas uma mudança de abordagem superficial. Além do amadurecimento natural que a idade traz, três dos quatro integrantes passaram por divórcios no período – James Hetfield era a exceção.
Em entrevista ao jornalista David Fricke, resgatada pela Metal Hammer, o vocalista e guitarrista refletiu sobre os riscos corridos, além das acusações que o grupo precisou enfrentar dos headbangers puristas, que o acusavam de ter “se vendido”.
“Fomos alimentados por muito ódio e muito medo de não sermos bons o suficiente. Essas duas coisas combinadas nos levaram onde precisávamos estar após ‘…And Justice For All’. No final do dia, percebemos: ‘O que estamos fazendo? Você ouviu essa outra banda? Eles são mais rápidos que nós. E daí! O que mais temos?’”
Sendo assim, não se engane quem pensa que a guinada foi espontânea. O resultado foi obtido de forma pragmática pelos envolvidos.
“Decidimos: ‘Vamos tornar o som mais musculoso, mais poderoso!’. Isso ajudou a mudar nossa direção, percebendo que era um objetivo inútil ser o mais rápido, o mais complexo ou ter o riff mais louco do planeta. Essas são coisas finitas – vamos ser nós mesmos, honestos conosco.”
Metallica e “Black Album”
“Metallica”, o álbum vendeu até hoje cerca de 31 milhões de cópias em todo o mundo, sendo o disco mais comercializado das últimas três décadas em qualquer gênero musical, de acordo com levantamentos dos órgãos que monitoram as movimentações da indústria.
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“Apesar das reclamações de fãs mais radicais, a aposta se pagou com sobras, levando a banda ao estrelato e ao topo da cadeia alimentar do rock/metal”
Jornalista que escreve esta atrocidade de expressão, “rock/metal”, nem merecia ter espaço na imprensa.
Topo da cadeia alimentar do rock.
“Rock/metal” é idêntico a dizer “árvores/goiabeiras”.