A mentalidade do The Police ao vetar drogas, segundo Andy Summers

Banda sempre fez questão de oferecer uma performance profissional para o público que pagava caro pelos ingressos

Não é algo incomum na já longeva história do rock testemunharmos algumas bandas sem quaisquer condições de subir a um palco devido aos excessos químicos nos bastidores. Na verdade, alguns fãs até se orgulham de terem presenciado tais momentos, mesmo que os tenha custado uma quantia irrecuperável – exceto se alguém com conhecimento de causa se digladiar nos tribunais, o que raramente acontece.

O The Police nunca fez parte desse time. Ao contrário, o trio sempre se cuidou para proporcionar a melhor experiência possível a quem estivesse realizando o sonho de vê-los ao vivo. Quem garante é o guitarrista Andy Summers, em entrevista ao Everyone Loves Guitar, transcrita pelo Ultimate Guitar.

“Para mim, o princípio orientador durante a época do rock ‘n’ roll e tudo mais era: ‘Você está no palco todas as noites, é melhor poder tocar.’ Você não pode usar drogas para fazer isso. Felizmente para o Police, nos tornamos a maior atração do mundo. Então, todos os traficantes de drogas devem ter tentado chegar até nós. Era o que estava acontecendo, era parte daquela cena. Mas aprendemos bem cedo que para fazermos shows muito intensos e sermos capazes de realmente nos divertir, não podíamos ficar drogados.”

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Para o instrumentista, o abuso de substâncias poderia até mesmo cortar a sensação de estar no auge naquele momento, algo sempre almejado enquanto artista.

“A regra era: você tem que conseguir tocar seu instrumento, tem que ser o melhor possível todas as noites. A verdadeira alegria vem daquele sentimento, ‘Deus, que show incrível, foi o melhor de todos!’ Você tem que aprender a lidar com todas essas situações de vida que são possivelmente difíceis.”

E ao contrário do que alguém possa imaginar, o guitarrista não considerou uma tarefa difícil se manter sóbrio.

“Uma coisa que foi muito boa para nós três foi que realmente cuidávamos uns dos outros. Você pode dizer, em um nível muito obstinado, que isso é negócio – bem, na verdade, é música – mas precisamos manter as coisas sob controle. Alguém nos pagou muito dinheiro para estar aqui, temos que fazer um grande show. E fizemos, todas as noites.”

Sobre o The Police

A existência original do The Police se deu entre 1977 e 1986. No período, o grupo lançou 5 discos de estúdio, que venderam mais de 75 milhões de cópias em todo o planeta.

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Em 2003, a banda foi induzida ao Rock and Roll Hall of Fame. Quatro anos depois, se reuniu para uma turnê que durou até 2008 e se tornou uma das mais bem-sucedidas da história da indústria.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

4 COMENTÁRIOS

    • Há um erro de informação no último parágrafo relativo ao Hall of Fame: eles fizeram uma apresentação única e depois se reuniram em 2007 para uma tour que durou até 2008 e não como foi colocado, de 2003 a 2007.

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