Gary Cherone sentia-se como “um novo brinquedo” para Eddie Van Halen

Único fruto da parceria, o polêmico disco “Van Halen III” completou 25 anos recentemente

Na metade dos anos 1990, após uma frustrada tentativa de reunião da formação original, o Van Halen anunciou Gary Cherone como seu novo vocalista. A parceria rendeu o álbum “Van Halen III” (1998), que contava com uma sonoridade mais experimental. Em essência, se tratava de um disco solo do guitarrista Eddie Van Halen, que centralizou as ações, tocando até mesmo bateria e cantando em uma faixa.

Durante recente entrevista ao jornalista Jeremy White (transcrita pelo Rock Celebrities), o frontman do Extreme relembrou a parceria. E destacou que, apesar de não ter se tornado um grande sucesso, a união proporcionou momentos prazerosos no convívio.

“No que diz respeito a Eddie, acho que nossa parceria de composição foi diferente dos outros caras. Fui a primeira pessoa com quem ele escreveu uma letra, de acordo com o próprio. É algo que eu e o Nuno [Bettencourt, guitarrista do Extreme] fazemos desde sempre. Mas para ele foi uma coisa nova, que o inspirou em diferentes direções.”

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Gary também argumentou que o fluxo de trabalho durante seu tempo com a banda diferia daquele da era “Van Hagar” em vários níveis.

“Só posso falar por mim, mas acho que com Sammy eles meio que já sabiam o que a banda significava. Comigo entrando, estávamos nos redescobrindo. ‘Year to the Day’ era algo meio blues. ‘Once’ e ‘From Afar’ fugiam do habitual.”

Até mesmo as influências buscadas nas composições se distanciavam do que seria esperado.

“Abordei ‘From Afar’ do ponto de vista de Alice Cooper. ‘Oh, isso é temático, posso ver Cooper fazendo algo assim, ou até mesmo o Pink Floyd.’ Então, eu acho que Eddie se sentiu livre no sentido de que poderia tentar coisas diferentes comigo e eu era o novo cara chegando. Fui quase um brinquedo novo. Ele falava ‘Deixa eu te mostrar isso!’ e eu respondia ‘Claro!’ Quem era eu para dizer não na presença do rei.”

Van Halen após “III”

“Van Halen III” chegou ao 4º lugar na Billboard 200, ganhando premiação de ouro nos Estados Unidos. Com 65 minutos e 22 segundos de duração, é o álbum de estúdio mais longo da carreira da banda.

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Após a turnê de divulgação, que acabaria sendo a última da banda a passar pela Europa, Gary Cherone foi convidado a se retirar. O grupo entraria em um hiato, voltando anos mais tarde novamente com Sammy Hagar. Após uma turnê cheia de polêmicas, o vocalista saiu outra vez, levando Michael Anthony junto.

Com David Lee Roth reassumindo o microfone principal, o Van Halen voltou à estrada tendo o filho de Eddie, Wolfgang, no baixo. Após um álbum de estúdio, outro ao vivo e várias turnês com ênfase na América do Norte, a história teve um desfecho no dia 6 de outubro de 2020, com a morte de Eddie aos 65 anos.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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