A curiosa razão pela qual músicos do Kiss farreavam maquiados, segundo Geddy Lee

Rush excursionou com a banda americana em 1975 e integrantes descobriram que eram “bebês recém-nascidos” comparados aos colegas

Há um problema de se tornar rockstar apostando em uma persona fictícia cheia de maquiagem. Quando chegou a hora de o Kiss colher os frutos dessa fama, ficou complicado fazer isso de cara limpa.

O quarteto mascarado foi uma das bandas mais populares do planeta nos anos 1970. Tornaram-se figuras lendárias por seus excessos no palco e no camarim. E não tiravam a maquiagem em ambos os cenários — não só para manter o anonimato, mas por uma peculiar razão extra.

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Em entrevista à rádio Q104.3 (transcrição via Loudwire), o vocalista, baixista e tecladista do Rush, Geddy Lee, relembrou dos tempos em que seu grupo abria para o Kiss em 1975. Durante esse período, ele notou que os colegas não saíam do personagem nem durante as farras homéricas de turnê pois, caso contrário, sequer seriam reconhecidos.

“Eles voltavam pro hotel do show ainda completamente maquiados, porque… como é que as garotas saberiam que eles eram do Kiss, entende? ‘Eu sou Gene Simmons!’ ‘Até parece!’ Era um circo toda noite e era bem divertido acompanhar.”

De acordo com Geddy, “não havia como competir com as atividades pós-show” dos colegas.

“Éramos como recém-nascidos. Éramos bebês. Não sabíamos nada sobre a indústria – não sabíamos nada sobre o mundo das turnês.”

O trio formado por Lee, o baterista Neil Peart e o guitarrista Alex Lifeson não era chegado nesse tipo de esbórnia. Geddy contou à rádio o que eles faziam pós-show enquanto o circo do Kiss rolava:

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“Bem, a gente estava fumando muita maconha – é o que estávamos fazendo! E assistindo ‘Além da Imaginação’ (série de ficção científica) depois de fumar. Então, pode-se dizer que estávamos dando risadas. Estávamos nos divertindo muito.”

A música do Rush feita com inspiração no Kiss

A convivência entre ambas as bandas fez até mesmo com que a inspiração para uma música surgisse. Mesmo não sendo tocada ao vivo à época, “Goin’ Blind” serviu de influência para “I Think I’m Going Bald”. A primeira está em “Hotter than Hell” (1974), segundo disco do Kiss. A seguinte faz parte de “Caress of Steel” (1975), terceiro trabalho do Rush.

Durante o documentário “Beyond the Lighted Stage”, Geddy Lee falou sobre a homenagem aos amigos. A transcrição é do site Far Out Magazine.

“Estávamos excursionando bastante com o Kiss à época e eles tinham essa música ‘I think I’m goin blind’. Ficávamos tirando sarro deles. Ao mesmo tempo, Alex (Lifeson, guitarrista) tinha medo de ficar careca, o que motivou Neil a escrever uma letra sobre envelhecer.”

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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