Rob Halford lamenta perseguição à comunidade LGBTQIAPN+: “pessoas estão aterrorizadas”

Vocalista do Judas Priest e ícone do segmento também refletiu sobre como foi se assumir homossexual ainda na década de 1990

Rob Halford é um símbolo de luta LGBTQIAPN+ no heavy metal desde que se assumiu publicamente sua homossexualidade, em 1998. Embora avanços tenham ocorrido, como a aprovação de leis para proteger essa parcela da sociedade, o vocalista do Judas Priest lamenta que ainda exista perseguição contra a comunidade.

O assunto foi abordado pelo vocalista em entrevista ao podcast WTF with Marc Maron, transcrita pelo Blabbermouth.

“As pessoas estão aterrorizadas. Fazemos parte de um grupo de pessoas que foram assassinadas, queimadas vivas, seja o que for, torturadas – todas as coisas mais horríveis aconteceram aos gays, assim como aconteceram com outras minorias, seja a fé judaica, a porra do Holocausto.”

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O metal god declarou que ficou bastante surpreso e acolhido com as manifestações de apoio que recebeu após assumir sua homossexualidade. Segundo ele, a rejeição era o seu maior medo.

“Essa é a principal razão. ‘As pessoas não vão me amar porque vou lhes dizer quem eu sou’. Isso faz sentido? Bem, faz se você é gay e talvez tenha o tipo de trabalho que… por qualquer motivo. Eu me pergunto se, se eu não tivesse me assumido como saí, ainda estaria no armário?”

O músico também comentou sobre a dificuldade de se assumir gay na década de 1980, época em que o glam rock e o estilo andrógino estavam em alta.

“Particularmente nos anos 80, quando tudo estava no auge do metal, muitos caras pareciam mulheres. Meus amigos do Mötley Crüe, Poison… Pense em como alguns de nós estávamos naquela época.”

“Sempre soubemos que Rob Halford era gay”

Em entrevista ao podcast “No Fuckin’ Regrets With Robb Flynn” de Robb Flynn (Machine Head), o guitarrista K.K Downing — que está fora do Judas Priest desde 2010 — confirmou que ele e os outros membros da banda sabiam da sexualidade de Rob Halford. O vocalista era aceito pelos colegas.

“Sempre soubemos que Rob era gay. Naquela época, anos 60 e particularmente no início dos anos 70, tudo ainda era meio a portas fechadas e coisas assim. Mas as pessoas se sentiam um pouco mais confortáveis ​​perto de nós porque andávamos em grupo e sempre sabíamos quem era o quê.”

De acordo com K.K, a sexualidade de Rob não importava para ele e para o resto da banda.

“Obviamente, para mim, Rob sendo gay, além de ter uma ótima voz, eu pensei que ele seria teatral, articulado com as palavras… e era tudo isso. Tinha sensibilidade, era um showman. Então, todos esses ingredientes eram ótimos atributos em alguém que seria o frontman do grupo. E eu provei estar certo.”

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Jéssica Alves
Jéssica Alveshttps://igormiranda.com.br/
Jornalista graduada em 2012, com experiência diversos sites, como G1, UOL, Estado de Minas e Folha de São Paulo. Atua no mercado há mais de 10 anos. Do Amapá para Minas Gerais, ama ouvir, escrever, fotografar e filmar sobre rock, sua grande paixão desde os 12 anos de idade.

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