Nem todo artista aprova sua obra por completo. Aliás, é relativamente comum testemunhar algum músico confessar algum momento menos inspirado na carreira. Que o diga David Gilmour, que não se furtou de apontar dois momentos baixos na carreira do Pink Floyd em entrevista à Mojo Magazine, no ano de 2001. Curiosamente, são trabalhos lançados em sequência.
O primeiro é “Ummagumma”, de 1969. O quarto full-length do grupo reúne gravações ao vivo e em estúdio. Na parte inédita, cada integrante teve total liberdade para criar meio lado do vinil como bem entendesse – como se fossem quatro discos solo dentro de um. Chegou ao quinto lugar na parada inglesa e ganhou disco de platina nos Estados Unidos. Mesmo assim…
“Foi um trabalho feito no desespero. Nunca havia composto sozinho antes. Entrei em estúdio e comecei a juntar pedaços de músicas. Não o escuto há anos, nem tenho ideia mais de como soava.”
O seguinte foi “Atom Heart Mother”, o popular disco da vaquinha na capa. Quinto trabalho de estúdio da banda, foi o primeiro a atingir o topo da parada inglesa. Arrematou cinco discos de ouro e um de platina. Nada disso altera a percepção do vocalista e guitarrista.
“Tínhamos boas ideias, mas o resultado foi pavoroso. Escutei recentemente e, meu Deus, é uma merda. Possivelmente nosso ponto mais baixo em termos artísticos. Ainda bem que melhoramos bastante depois dele.”
Curiosamente, tanto Roger Waters quanto Nick Mason também já declararam descontentamento com os dois discos, embora não de forma tão veemente.
Quando o Pink Floyd mudou
A partir do trabalho seguinte, “Meddle” (1971), o Pink Floyd realizaria a transição da sonoridade psicodélica dos primórdios para uma abordagem progressiva. Deu certo, com o álbum vendendo mais de 7 milhões de cópias mundo afora.
Não demorou muito até que fosse concebido “The Dark Side of the Moon” (1973), o disco mais bem-sucedido da carreira da banda e um dos mais vendidos da história da indústria fonográfica. Estima-se que mais de 45 milhões de cópias deste trabalho tenham sido comercializadas em todo o planeta.
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ATOM HEART MOTHER OQUE?????? senhor, david gilmour bata na sua cara antes que eu bata, isso é puro perfeccionismo pq é um dos álbuns mais genuínos deles, eu AMO fat old sun, if e alan’s psychedelic breakfast…. sério, eu escuto e acalma minha alma nos piores dias, claro que é o ponto de vista dele, mas eu discordo totalmente não importa oque!!!!!
Ummagumma pode-se colocar em debate, até entendo. Psicoldelia nervosa. Mas como criticar fat old sun, depois de 31 anos? Deve remeter o Gilmor à algum trauma (àquela fase do disco). Algo “obscured by clouds” talvez…
Ainda assim é melhor que Anita funk, axé, sertanejo universitário, Chimbinha e Pablo Vitar meu amigo. Ouço PF desde 1980. Fala sério… É tudo de bom. Melhor banda do planeta.
Atom Heart, Meddle e Obscured by Clouds são os únicos discos do PF que eu ainda sinto vontade de ouvir de vez em quando.
Ele perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado. “Atom heart mother” é um dos melhores álbuns do Pink Floyd, rivalizando com “Wish you were here”.
Psicodelia nervosa ? eu particularmente adoro a psicodelia louca de ummagumma . Maior viagem . Amo a faixa the narrow way , que o próprio Gilmour ( autor ) diz detestar .tenho , inclusive o poster da capa no meu quarto . A propósito , é uma das minhas capas de discos preferidas . E já q citou o obscured By clouds . è um dos meus álbuns favoritos deles . pena que , como o título ele ficou meio obscuro kkk . Mas , acho mesmo um grande e injustiçado álbum . Talvez se não fosse o predecessor do arrasa quarteirão Dark Side , tivesse feito algum sucesso .
Ele pode até não gostar de Atom heart mother , mas ele andou tocando Fat old Sun em suas tour .
vdd , em termos de criaçâo , pelo conjunto da obra tb acho PF os melhores . Naõ tem um álbum fraco . Até o Final Cut que é o q eu acho , digamos mais chato , é perfeito e belo . 5 caras q passaram pela banda ,realmente fora de série .
Álbuns medianos são A Momentary Lapse of Reason e The Division Bell e fraco The Endless River.
Os demais são sensacionais.
Aí também é dar na cara. Também prefiro a época do Syd e do Roger, mas A Momentary Lapse of Reason e The Division Bell são bons.