Por que nome Linkin Park foi mantido para nova formação, segundo Mike Shinoda

Nas palavras do vocalista e multi-instrumentista, chamar nova fase de qualquer outra coisa "seria uma bobagem"

O Linkin Park retomou as atividades após sete anos com uma nova formação. Agora, a banda conta com Emily Armstrong, conhecida como frontwoman do Dead Sara, nos vocais, e Colin Brittain, compositor e produtor, assumindo a bateria. Durante os shows, Alex Feder também substituirá Brad Delson na guitarra. 

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A reunião começou a tomar forma lentamente nos últimos tempos. Sem tantas pressões quanto aos rótulos, os músicos passaram a experimentar em estúdio, acompanhados de vários artistas. Então, ao trabalharem frequentemente com os novos membros, perceberam que havia uma conexão diferente. 

Em entrevista à rádio Q101, Mike Shinoda revelou que a banda até pensava em voltar com um outro nome. Porém, acabaram deixando a ideia de lado quando notaram que as músicas inéditas criadas com os “novatos” tinham o espírito do Linkin Park. Naquele momento, ficou claro para o vocalista e multi-instrumentista que eles não seriam capazes de utilizar qualquer outra nomenclatura. 

Conforme transcrição da Blabbermouth, ele disse: 

“No meio do processo, estávamos abertos a mudar a formação constantemente, talvez usar vários vocalistas ou um nome diferente. E então, quando a música entrou em foco, nós pensamos: ‘Esse é o álbum mais Linkin Park que poderíamos fazer. É tão Linkin Park que se o chamarmos de outra coisa somos idiotas’. Seria distorcer as coisas. Seria uma bobagem. E quando as pessoas ouvirem mais do álbum, elas entenderão isso.”

Durante conversa com a Billboard, o músico já havia apresentado tal ponto de vista. Em sua opinião, “chamar [a reunião] de qualquer outra coisa seria estranho e enganoso”, como explicou:

“Conforme as músicas foram ganhando um foco, o DNA da banda estava realmente presente no projeto. Chamar de qualquer outra coisa seria estranho e enganoso. Nós ensinamos nossos filhos que quando você cai, você tem que se levantar e tentar de novo, certo? A ideia de fazermos qualquer outra coisa, com esse grupo de pessoas e com essa sonoridade, pareceria uma renúncia de certa forma. Eu odeio dizer ‘covarde’, mas seria como se estivéssemos nos esquivando.”

Já ao radialista Zane Lowe (via Loudwire), Shinoda contou que levou um tempo até que aceitasse que ele e os colegas estavam compondo para o Linkin Park — ainda mais por envolverem outras pessoas no processo. Em suas próprias palavras, ficou mais fácil quando começou naturalmente a associar a voz de Emily à banda: 

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“Quando comecei a ouvir a voz de Emily nas coisas, meu cérebro aceitou pela primeira vez as canções como faixas do Linkin Park. Quando era só minha voz, eu conseguia aceitar. Mas quando colocávamos outras pessoas nas músicas… ouvindo a voz de Emily repetidamente pensei ‘isso é bom’.”

Linkin Park e “From Zero”

Mike Shinoda (voz e vários instrumentos), Brad Delson (guitarra), Dave “Phoenix” Farrell (baixo) e Joe Hahn (DJ) são os remanescentes envolvidos, além dos recém-chegados Emily Armstrong e Colin Brittain. Vale destacar que o baterista Rob Bourdon optou por não participar, enquanto que Brad atuará somente nos bastidores — como mencionado, sendo substituído por Alex Feder nos shows.

“From Zero”, novo álbum de estúdio do Linkin Park, chega a público no próximo dia 15 de novembro via Warner Records. O primeiro single, “The Emptiness Machine”, foi apresentado durante um evento em Los Angeles, transmitido pelo YouTube, e pode ser conferido aqui.

Em nota, os músicos contam que “discretamente começaram a se reunir novamente nos últimos anos” e “em vez de ‘tentar reiniciar a banda’”, eles trabalharam com vários músicos e “encontraram um parentesco especial com Emily e Colin”.

Sobre a nova era, Shinoda disse:

“Antes do Linkin Park, nosso primeiro nome de banda era Xero. O título deste álbum (‘From Zero’) se refere tanto a este começo humilde quanto à jornada em que estamos atualmente. Sonoramente e emocionalmente, é sobre passado, presente e futuro — abraçando nosso som característico, mas novo e cheio de vida. Foi feito com uma profunda apreciação por nossos novos e antigos companheiros de banda, nossos amigos, nossa família e nossos fãs. Estamos orgulhosos do que o Linkin Park se tornou ao longo dos anos e animados com a jornada que temos pela frente.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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