Jon Oliva relembra quase-teste para Black Sabbath: “teria sido o melhor tirando Ozzy”

Enquanto vocalista e tecladista tentaria sorte com os ingleses, seu irmão, Criss, iria para o Megadeth

O tecladista, vocalista e compositor Jon Oliva é a cara do Savatage. A coisa ficou ainda mais clara quando seu irmão, o guitarrista Criss Oliva, faleceu em um acidente automobilístico em 1993. Coube ao músico levar a banda adiante, tanto como um tributo quanto como demonstração de como a criação de obras conceituais baseadas nos acontecimentos do mundo contemporâneo se encaixavam perfeitamente na proposta do heavy metal.

Porém, essa história quase foi abreviada por conta de outros convites recebidos pelos irmãos. Durante entrevista à versão grega da revista Rock Hard (via Blabbermouth), Jon relembrou o convite para um teste no Black Sabbath. A proposta ocorreu na segunda metade da década de 1980, após o fracasso do álbum “Fight for the Rock” (1986), que quase significou o fim do grupo.

“Nós íamos terminar a banda. Na verdade, realmente chegamos a tomar a decisão. Eu tinha uma passagem de avião comprada para o teste com o Black Sabbath, além de uma lista com músicas para ensaiar. Geezer Butler (baixista) havia gostado da minha voz e eles queriam que eu fosse até Los Angeles encontrá-los.”

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E não era a única possibilidade envolvendo a carreira dos irmãos.

“Na mesma época, Criss iria até Phoenix encontrar Dave Mustaine. Eles iam conversar sobre ele entrar no Megadeth. Foi quando conhecemos Paul O’Neill. Ele propôs que não encerrássemos o Savatage. Deu um cheque de US$ 50 mil e propôs que fizéssemos mais um disco, que soasse como o que éramos de verdade.”

Produtor e compositor, Paul se tornou a terceira peça da engrenagem que levou a banda ao seu auge de popularidade e criatividade a partir do trabalho seguinte, “Hall of the Mountain King” (1987). Oliva será para sempre grato.

“Sendo honesto, nunca quisemos realmente nos separar. Amávamos trabalhar juntos e fazer a nossa música.”

Jon Oliva no Black Sabbath?

Por outro lado, Jon Oliva acredita que teria sido um bom frontman para o Black Sabbath.

“Eu teria adorado cantar para o Black Sabbath. Tenho certeza de que teria sido o melhor vocalista deles, tirando Ozzy. Recebi uma demo do álbum ‘Eternal Idol’, com ‘The Shining’ e ‘Ancient Warrior’. Também peguei uma lista de clássicos, como ‘War Pigs’ e ‘N.I.B.’ Conhecia todas aquelas músicas de qualquer maneira. Eu estava confiante.”

A vaga acabaria ficando com um conhecido da banda e Paul O’Neill – e Geezer, que se interessou por Jon, acabou nem permanecendo na sequência.

“Ray Gillen voou até a Califórnia em meu lugar e conseguiu o emprego. Amava ele, era um querido amigo. Tinha uma ótima voz, detonou na turnê e gravou o disco. Acabou cedendo lugar a Tony Martin e fez o Badlands com Jake E. Lee. Paul os ajudou. Nunca entendi sua saída. Por que deixar o Black Sabbath?”

E apesar de as coisas terem acontecido da melhor forma possível – incluindo a posterior criação do Trans-Siberian Orchestra, que o deixaria rico – Jon ainda gostaria de saber como tudo poderia ter sido.

“Anos depois, O’Neill me disse ‘Jon, eu sei que você teria conseguido o emprego, mas você nunca ganharia dinheiro com eles.’ Respondi ‘Bem, eu já não ganho nenhum dinheiro há 20 anos. Era a p*rra do Black Sabbath’.”

Savatage atualmente

Atualmente, o Savatage está trabalhando em seu álbum de despedida. Com o título provisório de “Curtain Call”, o disco ainda não tem previsão de lançamento. Ele deve ser sucedido por uma turnê que marcará o encerramento das atividades do grupo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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