Netflix é processada por filme sugerindo que mergulhador matou esposa

"Paixão Sufocante" conta uma história de um casal mergulhadores que, na vida real, terminou em tragédia em 2002

A Netflix está sendo processada por conta do enredo do filme “Paixão Sufocante”. A trama dá a entender que um mergulhador, especializado em mergulho livre em apneia, matou deliberadamente sua esposa e companheira de profissão.

A obra, de língua francesa, é baseado na história real do casal de mergulhadores Francisco “Pipin” Ferreras e Audrey Mestre. Ambos se tornaram conhecidos entre os praticantes deste tipo extremo de mergulho.

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Em 2002, Audrey Mestre morreu enquanto praticava mergulho livre na República Dominicana, por conta de uma falha no dispositivo que auxiliaria seu retorno à superfície. Ferreras sempre garantiu que a morte da companheira foi um acidente.

Já “Paixão Sufocante” apresenta uma versão fictícia da história do casal – tanto que eles passam a ser chamados de Pascal Gautier e Roxane Aubrey, além de conter um aviso sobre o enredo ser um “trabalho de ficção”. O longa retrata o mergulhador como uma pessoa abusiva e que tem ciúmes do sucesso alcançado pela esposa.

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Na parte final, o filme dá a entender que Gautier foi o responsável pela morte de Roxane após mostrá-lo sabotando o tanque de oxigênio da esposa. Por conta dessa insinuação, Francisco Ferreras decidiu processar a Netflix. Para a Variety, afirmou:

“Eu não sei como as pessoas podem fazer algo do tipo. Eles deturparam totalmente a história. Colocaram da maneira que eles quiseram. Aquilo realmente me machucou.”

Ataques nas redes sociais

Francisco “Pipin” Ferreras ainda alegou que a produção de “Paixão Sufocante” não o procurou em momento algum e que até tentou assistir ao filme, mas desistiu na metade. Desde o lançamento do longa, o mergulhador também afirma que sofre ataques constantes nas redes sociais.

“Conforme o filme foi se desenrolando, eu comecei a sofrer e sofrer. Tudo foi muito perturbador. Imagine – sem você saber – que estão fazendo um filme sobre sua vida e sua história com sua esposa falecida, e te pegam de surpresa. Retrataram a Audrey como ela estivesse me traindo. Ela era um anjo.”

Para ajudá-lo no caso, Ferreras contratou os serviços do advogado Alexander Rufus-Isaacs, que já atuou em casos semelhantes contra a Netflix.

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Defesa

A Variety procurou o diretor e roteirista do filme, David M. Rosenthal, que se defendeu e ainda acusou o mergulhador de querer lucrar com o caso.

“Ele (o filme) é uma versão fictícia de histórias que estiveram presentes aos olhos do público – de documentários a muitos artigos e livros sobre o assunto. O que escrevi é ficção, com personagens fictícios. Tenho certeza que ele (Ferreras) está tentando tirar um trocado por processar a Netflix.”

O portal também também procurou a Netflix, que não quis se pronunciar sobre o caso.

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Augusto Ikeda
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Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no mercado desde 2013 e já realizou trabalhos como assessor de imprensa, redator, repórter web e analista de marketing. É fã de esportes, tecnologia, música e cultura pop, mas sempre aberto a adquirir qualquer tipo de conhecimento.

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