Por que Nita Strauss foi negada em 1º teste para banda de Alice Cooper

Guitarrista, que excursiona ao lado do cantor desde 2014, contou que sua performance inicial "não era o que eles estavam procurando"

Nita Strauss entrou para a banda de Alice Cooper em junho de 2014, substituindo Orianthi. Não demorou para que a guitarrista conquistasse prestígio desempenhando a função e, até hoje, permanece excursionando ao lado do cantor – com eventuais saídas para juntar-se a Demi Lovato.

Curiosamente, ao realizar o primeiro teste para a vaga, a instrumentista não passou. A própria fez a revelação durante entrevista ao podcast VRP Rocks, transcrita pela Ultimate Guitar.

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A ponte entre ambas as partes aconteceu por meio do vocalista e baixista Kip Winger, que os colocou em contato. No caso, as conversas e audições ocorreram remotamente, já que era impossível reunir todos os envolvidos no mesmo local, como ela explicou:

“Todos os testes aconteceram por vídeo. Os integrantes da banda de Alice Cooper estão espalhados por todo o mundo. Temos um guitarrista vivendo na África do Sul, outro na Suíça, e o baixista mora nos Estados Unidos. Então, não era realmente viável reunir todo mundo para fazer um teste. Por isso, eles me mandaram uma série de vídeos e me passavam observações, conforme eu enviava.”

Segundo Nita, diante do teste inicial, a equipe de Cooper entendeu que ela não era a profissional que almejavam. Assim, a guitarrista acabou negada na primeira investida. No entanto, ganhou um voto de confiança para tentar novamente:

“Meu primeiro teste não era o que eles estavam procurando. Então, sou grata por terem me dado um feedback e me deixado refiná-lo até que eu realmente mostrasse que tinha o que era preciso para entrar para a banda sem precisar de muita preparação.”

Em sua opinião, o problema foi querer “mostrar demais”. No fim das contas, a conexão genuína com as músicas, somada à apresentação do “básico”, transmitiram seu potencial:

“Quando mandei meu primeiro teste, quis mostrar a eles tudo o que conseguia fazer. Toquei no braço da guitarra com apenas uma mão, fazendo sweep picking, arpejos e tapping. A resposta que recebi do [produtor] Bob Ezrin foi: ‘você já ouviu uma música do Alice Cooper?’. Então, tudo que eu realmente precisava fazer era apenas simplificar e focar mais na música. Olhando em retrospectiva, eu provavelmente teria mandado o mesmo teste, porque queria mostrar tudo o que eu conseguia fazer e o que seria possível executar […]. Então, fico feliz que eles saibam que eu seja capaz de fazer isso. E também estou feliz por ter sido capaz de mostrar que conseguiria tocar ‘I’m Eighteen’, ‘Billion Dollar Babies’ e ‘Poison’ e tratar as faixas com respeito.”

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Aulas de guitarra

Anteriormente, em entrevista à revista Guitar Player, Nita contou que, ao ser confirmada na banda de Alice Cooper, decidiu ter aulas de guitarra. A reeducação não era para aprender. Na verdade, foi quase como um processo de desaprender.

“Quando entrei para a banda, conversei com Bob Ezrin (produtor de vários lendários nomes, incluindo Alice). Ele disse: ‘Alice Cooper não precisa de uma shredder. Ele precisa de uma guitarrista de rock. Você consegue se tornar uma?’ Respondi: ‘Com certeza. Eu sei que posso fazer isso.’”

A princípio, Strauss reconhece que ficou perturbada com a constatação.

“Quando desliguei o telefone estava atordoada. Lembro-me de ficar olhando para o nada e pensando: ‘Uau… Bob Ezrin acabou de me dizer que não sei tocar guitarra rock’. Precisava descobrir o que ele quis dizer sobre ser uma guitarrista de rock. Saí à procura e encontrei um ótimo professor. Mostrei a ele meus vídeos de audição e perguntei: ‘O que diabos ele quer dizer?’.”

A saída do professor, que não teve o nome revelado, foi apresentar o básico.

“Foi a primeira pessoa a realmente me ensinar como incorporar licks de blues na minha forma de tocar, como adicionar a nota do blues na escala pentatônica menor – esses pequenos licks e coisas assim. Riffs do AC/DC, riffs e licks do Kiss. O material de Ace Frehley funcionou perfeitamente com meu estilo de tocar, mas eles adicionaram aquela nuance extra que fez com que parecesse um pouco mais com uma vibração de rock clássico.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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