Uma banda de rock é normalmente composta por vocalista, guitarrista(s), baixista e baterista. Por vezes, algum membro tem de acumular mais de uma função. Também há os tecladistas, mas de fato são menos presentes do que os outros mencionados.
É comum que algum desses integrantes se destaque mais que os outros e seja mencionado como o mais inteligente do grupo — ou ao menos o “cabeça”, quem comanda as ações.
Mas afinal de contas, considerando os papéis existentes dentro de uma banda de rock, qual pode realmente ser creditado como o membro mais inteligente de todos? A ciência já trouxe uma resposta para esse questionamento.
Ao longo da história do gênero, os fãs desenvolveram a crença de que vocalistas e guitarristas são as grandes mentes por trás de uma banda bem-sucedida. Afinal, são vários os exemplos de grupos que também têm esses membros como líderes e principais compositores de suas músicas. Rolling Stones (Mick Jagger e Keith Richards), Aerosmith (Steven Tyler e Joe Perry), Bon Jovi (Jon Bon Jovi e Richie Sambora) The Clash (Joe Strummer e Mick Jones) e Smiths (Morrisey e Johnny Marr) são só alguns dos vários exemplos.
Como consequência, muitos fãs passaram a considerar baixistas e bateristas como músicos mais maleáveis, flexíveis e influenciáveis, que estão ali apenas para reproduzir o que foi idealizado pelos vocalistas e guitarristas — e que são mais fáceis de serem dispensados. Mas não é por aí.
O membro mais inteligente de uma banda
Em 2008, o Karolinska Institutet, que fica na Suécia, decidiu tirar essa dúvida sobre quem seria o membro mais inteligente de uma banda (via Farout). Durante um estudo, seus responsáveis descobriram que existe uma ligação entre a capacidade de manter um ritmo constante — algo que é ainda mais exigido para quem está na bateria — e a resolução de problemas.
Além disso, a pesquisa descobriu que bateristas têm maior probabilidade de possuir níveis mais altos da chamada massa branca. Essa é a parte mais interior do cérebro e está diretamente ligada ao aprendizado, funções cerebrais, soluções de problemas e comunicação entre as demais regiões do órgão.
Assim, o estudo sugere que os bateristas seriam, cientificamente falando, os membros mais inteligentes de uma banda, independente do gênero musical. O professor Frederic Ullen, que trabalhou no estudo, declarou:
“A precisão rítmica da atividade cerebral observada quando uma pessoa mantém um ritmo constante também é importante para a capacidade de resolução de problemas medida com os testes de inteligência.”
De forma complementar, pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram que os bateristas têm um “relógio interno” único. Ele imita o ritmo encontrado nas ondas cerebrais humanas e nos batimentos cardíacos do sono.
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