O melhor álbum do Nightwish com Tarja, segundo Tuomas Holopainen

Tecladista e líder da banda escolheu trabalho que amplifica influências sinfônicas, enquanto raízes folk ficam de lado

O tecladista Tuomas Holopainen foi convidado pela Metal Hammer a analisar e formar um ranking com a discografia do Nightwish. Embora considere cada um dos álbuns como um “filho”, o líder da banda conseguiu elaborar uma lista que faz bastante sentido – ainda que “puxe a sardinha” para a fase atual da banda, nos últimos trabalhos, com Floor Jansen nos vocais.

O ranking foi publicado na edição 371 da revista e traz “Human. :II: Nature.” (2020) na primeira posição e “Endless Forms Most Beautiful” (2015) na segunda. Ambos foram gravados já com Floor. A terceira posição é ocupada por “Oceanborn” (1998), que ficou como o mais bem-colocado da fase “clássica”, ainda com Tarja Turunen no microfone principal.

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Durante a entrevista, Holopainen relembrou as circunstâncias do segundo álbum do Nightwish em comparação à estreia, “Angels Fall First” (1997).

“Nossa ambição aumentou muito depois de ‘Angels Fall First’, porque todos nós percebemos que isso é realmente divertido. Eu estava estudando biologia, Tarja estudava canto acho que na Alemanha, Jukka (Nevalainen, baterista) estudava para ser um engenheiro de computadores, Emppu (Vuorinen, guitarrista) estava trabalhando em uma fábrica de tapetes. A música era só um hobby. E então percebemos: ‘tem algo acontecendo aqui, então vamos focar no Nightwish talvez por alguns anos e ver o que acontece’.”

Àltura, segundo Tuomas, tudo o que os integrantes faziam era ensaiar as músicas e tentar melhorar o nível enquanto banda. Uma curiosidade fica pelo fato de que os homens do grupo haviam acabado de cumprir o serviço militar obrigatório na Finlândia, de um ano, e estavam desatualizados em relação à cena heavy metal.

“Todos os caras, nós tínhamos acabado de sair do exército, então estávamos todos de cabelo curto, não tínhamos ideia da cena metal. Éramos completos caipiras do interior que por acaso gostavam de metal e nos deram essa chance de mostrar o que poderíamos fazer com um contrato de três álbuns. Não deveria ter funcionado no papel, mas de alguma forma funcionou.”

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A edição 371 da revista Metal Hammer está à venda tanto em formato físico quanto digital.

Sobre “Oceanborn”

Segundo álbum do Nightwish, “Oceanborn” foi o primeiro enquanto uma banda mais estruturada, principalmente com a entrada do baixista Sami Vänskä. Sonoramente, é mais grandioso do que o disco de estreia e abandona as raízes folk, enquanto aposta em uma pegada mais sinfônica. É considerado um dos primeiros trabalhos da vertente sinfônica do power metal, junto com “Theli” (1996), do Therion.

“Sacrament of Wilderness” e “Walking in the Air” saíram como singles. Além deles, “Sleeping Sun” foi disponibilizada no formato, mas não foi incluída no tracklist original, apenas em relançamentos.

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O trabalho ficou em 5º lugar nas paradas da Finlândia na época do lançamento. Voltou ao ranking em 2022 com um 2º lugar.

Nightwish, do melhor ao pior

Confira o ranking de Tuomas Holopainen para a discografia do Nightwish, do melhor (1º) ao pior (9º):

  1. “Human. :II: Nature.” (2020)
  2. “Endless Forms Most Beautiful” (2015)
  3. “Oceanborn” (1998)
  4. “Once” (2004)
  5. “Imaginaerum” (2011)
  6. “Dark Passion Play” (2007)
  7. “Century Child” (2002)
  8. “Angels Fall First” (1997)
  9. “Wishmaster” (2000)

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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