O único problema de Ripper no Judas Priest, segundo Ian Hill

Vocalista substituiu Rob Halford e lançou quatro discos com a banda, dois de estúdio e dois ao vivo

Com a saída de Rob Halford, o Judas Priest perdeu mais do que um vocalista. O autoproclamado Metal God era o rosto que tornava a banda reconhecível mesmo para quem não era um grande conhecedor de sua obra. Sendo assim – e somado a um mau momento do estilo que tocavam –, não foi de se estranhar que um período de vacas magras tenha se instalado.

De qualquer modo, o substituto do cantor conta até hoje com prestígio entre parte dos fãs. O americano Tim “Ripper” Owens foi descoberto em um tributo a seus ídolos, sendo efetivado como titular do microfone – história que inspirou o filme “Rock Star” (2001).

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Refletindo sobre o período, o baixista Ian Hill falou à rádio 107.7 RKR, dos Estados Unidos. Ele disse, conforme transcrição do Blabbermouth:

“Foi muito simples, na verdade. Nós realmente não queríamos outro nome famoso, se é que você me entende. Eles sempre trazem suas bagagens e isso realmente mudaria a banda dramaticamente. Realmente não desejávamos isso, queríamos continuar na linha em que estávamos. Então, precisávamos de alguém que pudesse cantar o que já estávamos fazendo. Ripper era uma escolha óbvia, estava em uma banda tributo ao Priest na época, então conhecia a maioria das músicas, o que foi um bônus. Assim, o escolhemos. E foi um processo bem fácil.”

“Tim não era Rob”

Owens registrou dois álbuns de estúdio, “Jugulator” (1997) e “Demolition” (2001). Também participou dos ao vivos “Meltdown” (1998) e “Live in London” (2003) – este último ainda ganhou versão em vídeo. Porém, Halford acabaria retornando pouco depois. Ian reflete sobre os motivos:

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“Tim é um cara legal, tranquilo, então foi um processo fácil, na verdade. Mas o problema é que ele não era Rob. E era isso que as pessoas queriam, a marca registrada. E no final, Rob meio que começou a insinuar que não se importaria de voltar e tudo mais, e acho que Tim concordou. Ele também era fã da banda e entendia o motivo. Então, mesmo esse foi um processo relativamente tranquilo e Rob voltou.”

E mesmo com a natureza divisiva dos álbuns, Hill reconhece suas qualidades.

“Havia um bom material nos dois discos, especialmente ‘Demolition’, que considero um bom álbum. Mas foi o que foi. E como eu disse, também não estávamos fazendo muito progresso, nem Rob com sua carreira solo. Foi uma boa ideia voltarmos. Nossos fãs queriam e, no final, nós queríamos e até mesmo Ripper queria. Fez muito sentido, voltamos direto de onde paramos com ‘Painkiller’ e seguimos dali.”

Judas Priest e Tim “Ripper” Owens

Após deixar o Judas Priest, Ripper entrou no Iced Earth, além de ter feito parte da banda do guitarrista sueco Yngwie Malmsteen. Posteriormente, se envolveu em uma série de projetos, além de ter registrado material solo.

Nos últimos anos, se tornou o vocalista do KK’s Priest, comandado por outro ex-Judas, o guitarrista K.K. Downing. O grupo já lançou dois álbuns e vem excursionando por América do Norte e Europa desde o fim das restrições ocasionadas pela pandemia de covid-19.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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