Vazio e Azul Limão cancelam shows no Maranhão Open Air por problemas de organização

Satan e I Am Morbid também não irão se apresentar por diferentes razões; festival na capital do Maranhão segue mantido

Mais atrações, desta vez nacionais, cancelaram seus shows no festival Maranhão Open Air, que acontece neste fim de semana na cidade de São Luís. Vazio e Azul Limão anunciaram pelas redes sociais que não irão mais se apresentar devido a problemas da organização do evento.

Azul Limão

O primeiro nome a se retirar do line-up foi o Azul Limão. Em nota, a banda de heavy metal alegou que condições contratuais não foram atendidas pela produção.

“ALERTA: Em função de condições contratuais que não conseguiram ser atendidas pela produção do MOA – Maranhão Open Air, o Azul Limão ficou impossibilitado de participar do Festival.

Em respeito aos fans, fazemos este anúncio no momento que se conclui pela inviabilidade de nossa participação.

Até a data de hoje, todos os esforços foram feitos para viabilizar a participação da banda mas sem sucesso.

Desejamos bom show para todos envolvidos neste evento: bandas que participarão, produção e público.

Sabemos que a organização de um festival deste porte não é simples e fatores adversos aparecem.

Não faltarão oportunidades para que o Azul Limão volte ao Nordeste.”

https://www.instagram.com/p/Ck1bh5tJQ0v/

Vazio

Horas depois, o Vazio também divulgou que não se apresentaria mais. O grupo de black metal declarou não ter recebido as passagens aéreas para seguir de São Paulo até São Luís.

“Como é do conhecimento de muitos, nós do Vazio fomos anunciados como uma das atrações do dia 12/11 do festival Maranhão Open Air, entretanto sentimos muito ao declarar publicamente que NÃO iremos nos apresentar no referido evento.

Ocorre que mesmo tendo conhecimento do histórico negativo da organização do evento, optamos por dar credibilidade ao aparente comprometimento dos organizadores, fato que não se concretizou.

Até o atual momento dessa publicação não recebemos as passagens aéreas, que nos impossibilita de poder honrar com esse compromisso.

O Vazio é uma banda que trabalha nas esferas da música extrema, fruto de um trabalho sério por parte dos seus membros vivos e mortos e envolve uma egrégora necrosófica de devoção aos poderosos ancestrais.

Aos nossos fãs, reafirmamos nossa promessa de entregar nosso ritual de morte e renascimento nas regiões norte e nordeste do Brasil em 2023.

Aos falsos e caídos desejamos a doença e a morte.”

https://www.instagram.com/p/Ck172zCNjLO/

Resposta do evento

Em nota na manhã deste sábado (12), o Maranhão Open Air afirma que o festival segue confirmado e contará ao todo com 21 atrações, já que o Scrok entrou recentemente para suprir alguma das ausências já informadas. Quanto aos cancelamentos do Vazio e Azul Limão, foi alegada impossibilidade de “resolver dentro do tempo necessário alguns problemas com os voos”.

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A organização chegou a divulgar dois line-ups atualizados. Um deles não trazia também o nome do Gangrena Gasosa, mas o outro apresenta a logo do grupo. Apesar do equívoco, a assessoria de imprensa da banda carioca confirma sua manutenção no evento.

https://www.instagram.com/p/Ck3AsvkuaDJ/

Satan e I Am Morbid

Nos últimos dias, as atrações internacionais Satan e I Am Morbid também cancelaram seus shows não apenas no Maranhão Open Air, como também em outras cidades. Os motivos são diferentes.

Nas redes, o Satan declarou que não tocaria no evento maranhense e no Open the Road Festival, em São Paulo, por não ter recebido passagens aéreas ou depósito com adiantamento do cachê a tempo. Eles alegam que as condições de voo só foram acertadas quatro horas antes do embarque.

A organização do Open the Road Festival confirmou as informações divulgadas pela banda, manteve o evento – que contou com o Flagelador como atração substituta – e disse que a vinda dos músicos ao Brasil estava condicionada à produção do evento maranhense.

Por sua vez, a organização do Maranhão Open Air alegou que o passaporte de um dos integrantes da banda do Satan. Uma imagem do documento foi divulgada e indica que a validade era até setembro de 2019. Eles ainda afirmaram que diferentes condições de voo foram oferecidas após solicitar o problema, mas os músicos não aceitaram.

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Já no caso do I Am Morbid, a situação se deu por razões alheias ao Maranhão Open Air. Os shows que a banda faria em Fortaleza e Brasília, além do evento de São Luís, foram cancelados em função da passagem do furacão Nicole no estado americano da Flórida, o que provocou a suspensão de voos. Foram mantidas as demais datas no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Limeira e São Paulo, assim como as apresentações na Argentina, Chile e Peru. O The Troops of Doom foi mantido na abertura.

Line-up do Maranhão Open Air

O Maranhão Open Air acontece neste sábado (12) e domingo (13), no Rio Poty Hotel, em São Luís. Confira abaixo o line-up redistribuído após os cancelamentos.

Sábado, 12 de novembro:

  • Mayhem
  • Edu Falaschi
  • Doyle
  • Omen
  • Desalmado
  • Crypta
  • Cérebro de Galinha
  • Bastardz
  • Alchimist
  • Mutilator

Domingo, 13 de novembro:

  • Richie Ramone
  • Shaman
  • Dorsal Atlântica
  • D.F.C.
  • Ambush
  • Garotos Podres
  • Rebaelliun
  • The Troops of Doom
  • Gangrena Gasosa
  • Scrok
  • Tanatron

Ligação com o Metal Open Air

Desde o anúncio, o Maranhão Open Air vem repercutindo por ser associado a um dos organizadores do Metal Open Air, festival que se tornou o maior escândalo da história do metal nacional.

Programado para ocorrer nos dias 20, 21 e 22 de abril de 2012, o evento deveria ter 47 shows de artistas nacionais e internacionais. Apenas 14 se apresentaram, em uma estrutura longe do que havia sido prometido. A última data acabou sendo cancelada integralmente.

O público também sofreu com condições precárias, incluindo alojamentos em estábulos, falta de higiene, problemas com o transporte, escassas opções de alimentação e registros de assaltos nas imediações e dentro do local onde o evento aconteceria.

Reportagem do G1 Maranhão aponta que o público ainda não foi ressarcido dos prejuízos sofridos. Apesar de os organizadores terem sido condenados em 2018, as indenizações por danos morais seguem em suspenso. O valor destinado a cada pessoa que compareceu ao evento foi fixado em R$ 3.541,83. Ambas as partes envolvidas na realização do festival se pronunciaram. Clique aqui para mais detalhes.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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