Como Gene Simmons agia na função de produtor, segundo guitarrista do Keel

Baixista e vocalista do Kiss é lembrado pela tranquilidade por quem já trabalhou com ele em estúdio

Na década de 1980, Gene Simmons foi muito mais do que baixista e vocalista do Kiss. O linguarudo tentou carreiras como ator de Hollywood e produtor musical.

Na última função mencionada, gravou álbuns de bandas de hard rock e teve seu próprio selo, o Simmons Records. Foi uma tentativa de reeditar o sucesso que teve ao descobrir o Van Halen ainda nos anos 1970.

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Ter alguém do porte de Gene como produtor foi um privilégio de poucos. Um desses músicos — o guitarrista Bryan Jay, do Keel — contou como foi a experiência.

Em entrevista ao Dr. Music Podcast, Jay falou como era a postura de Simmons como produtor. Na ocasião, não poupou elogios ao linguarudo.

Segundo o músico, a principal qualidade de Gene no comando de um álbum era a tranquilidade com que conduzia as coisas, inclusive as tretas dentro da banda. A transcrição é do Ultimate Guitar.

“Gene era como um professor. Ele nos mostrava as coisas e como ele fazia. Ele estava sempre tão calmo. Eu fiquei muito impressionado… ele nunca ficava bravo. Mesmo no estúdio. Nós começávamos uma discussão ou uma briga – eu e Ron (Keel, vocalista) ou alguém – e Gene ficava calmo. ‘Se acalmem, vamos dar uma volta, Bryan’. E ele me levava para dar uma volta.”

Até hoje Bryan Jay demonstra grande carinho por Gene Simmons. Ele contou que o veterano do Kiss o levou a muitos shows, jantares e eventos, meio que “cuidando” dele enquanto esteve em Nova York.

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“Ele fez tanto para nós. Ele nos colocou no centro das atenções da noite para o dia. Não tenho nada além de amor pelo cara. Faz muito tempo que não o vejo — foi há muitos, muitos anos. Desejo felicidades a ele, sua esposa Shannon [Tweed] e sua família. Eu estava lá quando ele conheceu Shannon! Saíamos para jantar juntos e ela era muito legal.”

Gene Simmons como produtor

O currículo de Gene Simmons como produtor não é dos mais longos. Com o Keel, foram dois álbuns: “The Right to Rock” (1985) e “The Final Frontier” (1986). Além de alguns trabalhos solo e discos do Kiss, o linguarudo ainda assina a produção de “Doro” (1990), segundo álbum solo da vocalista alemã Doro Pesch; o homônimo “EZO” (1987); e “W.O.W.” (1984), de Wendy O. Williams.

Os trabalhos mais lembrados do produtor Simmons são os dois primeiros álbuns do House of Lords — o homônimo de 1988 e “Sahara” (1990) — e os discos “Nasty Nasty” (1986) e “In Heat” (1988), do Black ‘N Blue, banda que contava com um certo guitarrista chamado Tommy Thayer, futuro integrante do Kiss.

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Simmons Records

Foi em 1988 que o linguarudo colocou em prática um de seus projetos mais ambiciosos, o selo Simmons Records. Com sacos de dinheiro como logo, a gravadora pretendia aproximar o artista das bandas que ele descobria. O linguarudo se orgulha de, ainda nos anos 70, ter descoberto nomes como AC/DC e Van Halen.

Em entrevista ao Los Angeles Times, na época do lançamento do selo, ele explicou como as coisas funcionariam.

“O selo é bem padronizado na escola de Berry Gordy e Clive Davis de administração ‘hands-on’. Eu vou estar envolvido na escolha das músicas, escolhas de produção, arranjos – tudo. Se um grupo quer só fazer um álbum e entregá-lo, eles provavelmente não deveriam estar no meu selo. Mas se houver alguma aposta, vou pegar também. E estarei acessível – você não terá que passar por um monte de secretárias para chegar a mim.”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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