A grande diferença entre Peter Gabriel e Phil Collins, segundo Steve Hackett

Genesis passou por fases completamente diferentes sob o comando de seus dois vocalistas

O Genesis possui duas fases bem distintas guiadas pelos seus dois vocalistas: Peter Gabriel e Phil Collins. Claro, vamos desconsiderar Ray Wilson da questão, mas não por culpa dele, só porque “Calling All Stations” é inexpressivo e o seria com qualquer um cantando.

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Mas como a mudança de Gabriel para Collins foi vista do ponto de vista de alguém que estava na banda à época?

O guitarrista Steve Hackett explicou, em entrevista transcrita pelo Ultimate Guitar. Também comentou a diferença entre os vocais de ambos.

“Peter Gabriel era mais como um ator, meio na linha de David Bowie. Ele personalizava as canções, atuava enquanto as interpretava enquanto nós éramos a orquestra para sua performance. Já Phil Collins tinha mais habilidade para comandar a plateia. Ele se preparou para o momento em que deixaria a bateria e iria para a frente do palco. Musicalmente, Peter era mais do soul e do blues, enquanto Phil curtia big bands.”

Em 1977, após a única passagem do Genesis pelo Brasil, divulgando o álbum “Wind And Wuthering”, Steve anunciou sua saída da banda. No press release, o músico alegou precisar de maior liberdade para prosseguir a carreira.

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“Havia lançado o álbum solo ‘Voyage Of The Acolyte’ em 1975. Ninguém esperava, nem mesmo eu, mas ele foi um sucesso. Isso acabou gerando tensões internas. Eles alegavam que eu não me dedicava ao grupo de forma suficiente. Ao mesmo tempo, a gravadora queria mais um disco só meu. Optei pela autonomia, me sentia mais confortável tomando as decisões por conta própria.”

Steve Hackett atualmente

Desde então, Steve Hackett já lançou mais de vinte trabalhos usando o próprio nome. O mais recente, “Surrender of Silence”, saiu em 2021 e tem a sonoridade voltada à música clássica. Ele chegou ao 52º lugar na parada britânica.

O próximo será lançado dia 16 de fevereiro, via Inside Out Music. “The Circus and the Nightwhale” é o primeiro trabalho conceitual do músico desde sua estreia solo, “Voyage Of The Acolyte” (1975).

As gravações ocorreram no Siren Studios, em Londres, Inglaterra. As sessões foram realizadas entre as turnês de 2022 e 2023 do guitarrista.

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Sobre o músico

Nascido em Londres, Stephen Richard Hackett cresceu influenciado pela música clássica, até descobrir o blues e o rock. Começou a carreira tocando em bandas locais, junto de seu irmão, John. Lançou o álbum “The Road” com o Quiet World, em 1970.

Integrou o Genesis entre 1971 e 1977, gravando seis discos de estúdio, três ao vivos e um EP. Até hoje faz turnês celebrando sua época com a banda. Enquanto ainda estava no grupo, deu início a uma carreira solo que segue até hoje.

Na metade dos anos 1980 se juntou ao guitarrista Steve Howe (Yes, Asia) no GTR. Apenas um disco foi lançado antes da dissolução. Entre várias participações em trabalhos alheios, se destaca para o público brasileiro a aparição na faixa-título do álbum “Voo De Coração” (1983), do cantor Ritchie – o mesmo LP que continha o hit “Menina Veneno”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

2 COMENTÁRIOS

  1. Na minha opinião um dos melhores guitarristas de todos os tempos, bem com Alex Lifeson do Rush. Com eles não existem riffs sem sentido, como por exemplo os riffs do Slash. Deixando bem claro que não estou desmerecendo o trabalho do Slash, só não curto.

  2. Uma constatação muito simples, que descarta qualquer opinião: quanto tempo o Genesis foi eficaz e bem sucedido com Phill C. no comando? E como anda a carreira de Peter Gabriel atualmente? – i/o responde. A ganância de Collins fez o Genesis desabar.

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