10 álbuns que mudaram a vida de Dave Mustaine, do Megadeth

Lista da Metal Hammer propõe associar discos a momentos específicos da vida do músico

Todo mundo adora uma lista. Com a velocidade atual das informações, elas se tornaram uma tábua de salvação e tanto para publicações impressas. Que o diga a Metal Hammer, que elaborou uma lista com Dave Mustaine em 2022.

Mas não era apenas um ranking de melhores discos. A proposta é associar álbuns a momentos da vida do entrevistado. Assim o líder do Megadeth compôs a sua:

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O primeiro álbum que comprei: David Bowie – Changesonebowie (1976)

“O primeiro álbum que eu realmente tive foi Kiss, Hotter Than Hell, mas foi roubado. No colégio que estudei, havia alguns caras realmente bons que estavam no pequeno círculo em que eu participava. Eram os grupos dos atletas e dos maconheiros, e a maioria dos maconheiros tocava, e eles sabiam muitas músicas de catálogo de Bowie. ‘Diamond Dogs’ foi uma das músicas que eu realmente curti, assim como ‘Rebel Rebel’. A letra de ‘Diamond Dogs’ ressoou em mim e para onde minha vida estava indo. ‘Quando eles tiraram você da tenda de oxigênio, você pediu a última festa…’ Bem, se isso não soava como eu naquela época, não sei o que parecia, sabe?”

O álbum que me lembra a escola: UFO – Phenomenon (1974)

“É esse ou ‘Let There Be Rock’ do AC/DC. Foram os dois que mais ouvi nesse período. Black Sabbath estava sendo tocado bastante ao mesmo tempo, mas não me lembro qual era… Acho que tinha ‘Changes’, então era o ‘Vol.4’. Enrolávamos baseados de 50 centavos e ouvíamos ‘Changes’. Era a música que menos gostava, por isso lembro dela em particular. Mas eu vou com UFO. Ouvimos muito esse disco.”

Álbum favorito de todos os tempos: Led Zeppelin – Presence (1976)

“Difícil apontar apenas um. O Diamond Head foi uma ótima banda para mim. O mesmo vale para muitas coisas do Mercyful Fate. Lembro-me de dirigir pela estrada com James Hetfield ouvindo Venom e Motörhead o tempo todo. Eram duas bandas que gostávamos muito. Mas se você colocar uma arma na minha cabeça, eu teria que escolher o Led Zeppelin. ‘Presence’ é o que saiu quando estava me tornando fã, porque eu era muito jovem quando os discos anteriores foram lançados.”

O álbum que define o metal: Judas Priest – Sad Wings of Destiny (1976)

“Tudo remonta ao Motorhead e ‘No Sleep Til Hammersmith’. Mas quando se trata de heavy metal clássico, ‘Sad Wings of Destiny’ do Judas Priest é definitivamente uma das grandes obras de todos os tempos. As guitarras em uníssono de Glen Tipton e K.K. Downing tocando enquanto Rob Halford canta daquele jeito. Quem consegue? Ninguém. Fiquei tão fascinado por aquela banda e tudo sobre eles, que fui a uma loja de chapéus e comprei um Fedora porque Glenn Tipton estava usando um na contracapa. Tenho cabelo cacheado, então os chapéus não ficam tão bem. Não durou muito (risos).”

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O álbum que me faz quebrar o limite de velocidade: Motörhead – Ace of Spades (1980)

“Eu tenho que voltar para o Motörhead. Você poderia dizer que a guitarra de ‘Killers’, do Iron Maiden, está lá em cima. Esse foi um disco importante para mim também, mas o ritmo não era tão vertiginoso quanto as faixas mais rápidas do Motorhead. Eles são a banda perfeita para acelerar… ou ir para a cadeia! (risos)”

Ninguém acreditaria que eu tenho uma cópia de: Aztec Camera – Love (1987)

“Estávamos em Paris assistindo a MTV. Lembro que estava muito doente na época, e Roddy Frame estava cantando ‘Deep And Wide And Tall’. Ele é um ótimo compositor pop. Você pode reparar que os caras do metal que têm carreiras duradouras e bem-sucedidas geralmente são pessoas que ouvem música fora do reino óbvio e têm influências além do estilo. Se estamos apenas repetindo o que nossos colegas estão fazendo, não estamos realmente inovando. Eu também possuo um single do Scritti Politti chamado ‘Wood Beez’. Ele veio com um toca-discos que alguém havia deixado em uma casa para a qual eu e David Ellefson nos mudamos e eu meio que o adotei.”

Minha arte de capa preferida de todos os tempos: Pink Floyd – Wish You Were Here (1975)

“Essa é muito fácil. Tem que ser ‘Wish You Were Here’, do Pink Floyd, com os caras apertando as mãos e um deles pegando fogo. Storm Thorgersen é um artista incrível, tanto que usamos Hugh Syme, que era um protegido dele, para ‘Countdown To Extinction’ e ‘Youthanasia’. Queríamos algo original e instigante, não apenas uma ilustração. Nós fomos rotulados e todo mundo ficava perguntando ‘Onde está o Vic?’ todas as vezes. Com ‘Youthanasia’ pensavam que pendurávamos bebês de cabeça para baixo e tirávamos fotos de verdade. O que fizemos foi que as mães entrassem e os bebês estivessem sobre essas mesas claras com a luz embaixo, então as mães agarravam seus dedos dos pés e puxavam suas pernas retas para parecer que estavam pendurados pelos pés. Achei brilhante.”

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O álbum mais subestimado de todos os tempos: Angel – Angel (1975)

“Eles eram da Casablanca Records. Representavam o yin do yang que era o Kiss. Um se vestia de preto e o outro de branco. Tinham um guitarrista notável chamado Punky Meadows, de quem Frank Zappa zombava nas músicas. Fizeram algumas canções marcantes como ‘The Tower’ e ‘Any Way You Want’. Eram quase progressivos até certo ponto, realmente ótimas músicas. Sempre pensei em fazer um cover da ‘The Tower.’ O cantor tinha uma voz muito estranha. Você tem que ter a mente aberta para apreciá-lo porque ele tem um vibrato super rápido e muitas pessoas não vão achar isso atraente. Mas eram uma das minhas bandas favoritas enquanto crescia.”

O álbum que quero que toquem no meu funeral: Johnny Winter – Still Alive And Well (1973)

“Sempre brinquei com isso. Não estou ansioso para morrer! Não tenho medo de morrer e já morri uma vez, mas por que não viver mais e compartilhar a vida? Eu amo minha família, amo minha banda, amo onde minha vida está agora e minha carreira está indo muito bem. Eu acredito na comunidade do metal agora… o pêndulo balançou de forma positiva para todos nós, não apenas para os Big Four, mas também para os pequenos 400 (risos).”

O álbum pelo qual quero ser lembrado: Megadeth – Dystopia (2016)

(nota: a matéria foi feita antes do lançamento de The Sick, the Dying… and the Dead!, disco mais recente da banda, assim como da demissão do baixista David Ellefson)

“Em termos de evoluir em minha forma de tocar e compor, o reencontro de David Ellefson e eu, Kiko sendo um guitarrista tão inacreditável, eu teria que escolher ‘Dystopia’ neste momento. Mas agora que Dirk Verbeuren está na banda, estou realmente ansioso pelo que vem a seguir. Quando entramos na sala de ensaio, nos aquecendo para os shows e ouvimos ele tocando algumas batidas explosivas, fico me perguntando como o Megadeth vai soar quando fizermos o próximo disco e tivermos aquelas batidas de entorpecer o crânio. Vai levar minha forma de tocar a limites sobrenaturais. Estou animado porque posso fazer coisas de speed metal, mas tendo as habilidades e a profundidade musical que Kiko tem e com Ellefson segurando a base, estou realmente ansioso pelo próximo álbum. Comecei a pensar nisso no dia em que saímos do estúdio depois de fazer ‘Dystopia’. É nisso que estou conectado.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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