O que James Hetfield pensa sobre falta de solos em “St. Anger”, do Metallica

Frontman da banda declarou ter sido contra ideia, mesmo deixando claro não se tratar de um elemento imprescindível para uma boa música

Além da polêmica sonoridade da bateria de Lars Ulrich, outra característica polêmica do álbum “St. Anger” (2003) é a ausência de solos de guitarra. Para parte dos fãs pode parecer um detalhe menor, visto que boa música não precisa obrigatoriamente desse componente para ter qualidade. Mesmo assim, é algo que não passa incólume, ainda mais tendo em conta o histórico de momentos memoráveis do Metallica nesse aspecto.

Em entrevista de 2008 resgatada pela Guitar World, James Hetfield deu sua versão dos fatos. E embora não tenha declarado abertamente ter sido um erro, meio que deixou essa impressão nas entrelinhas.

“Não fui um grande fã da ideia. Não sou o tipo de pessoa que escuta uma música prioritariamente pelos solos, mas eles são a voz da canção por alguns instantes. Não ter esse elemento em ‘St. Anger’ fez com que o disco se tornasse um tanto quanto unidimensional, embora não necessariamente chato. Então, ou você escutava riffs, ou vocais ou aquele som tão peculiar de bateria (risos).”

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Ao mesmo tempo, Hetfield defende a validade da proposta do trabalho. O músico sente que a obra refletiu diretamente seu estado de espírito após a tão divulgada passagem pela reabilitação.

“Nós reduzimos o Metallica a um esqueleto básico. Não foi diferente do que passei na minha vida pessoal. Durante esse período, eu estava me quebrando e reconstruindo. ‘St. Anger’ é exatamente o que tinha que ser e precisava ser. Com ‘Death Magnetic’, que veio depois, voltamos ao nosso modo anterior, onde as músicas são mais fluidas.”

Metallica e “St. Anger”

Oitavo álbum de inéditas da banda, “St. Anger” foi o primeiro após a saída do baixista Jason Newsted. O produtor Bob Rock assumiu o instrumento durante as gravações, com Robert Trujillo sendo efetivado para a turnê.

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Apesar das polêmicas citadas, a repercussão foi positiva, com o disco chegando ao primeiro lugar em várias paradas mundiais, com as vendas superando a casa de 8 milhões. No Brasil, ganhou premiação de ouro.

As sessões – e seus desdobramentos – foram registradas e lançadas no filme “Some Kind of Monster”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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