Como é trabalhar com a “enciclopédia” Mike Portnoy, segundo Alex Skolnick

Guitarrista do Testament também revelou método peculiar de composição adotado pelo baterista do Dream Theater

Mike Portnoy é conhecido por ser o homem dos mil projetos. Em seu período fora do Dream Theater — banda à qual retornou no fim do ano passado —, o baterista se envolveu com várias bandas.

Uma delas é o supergrupo Metal Allegiance, que inclusive se apresentou no Brasil durante a edição mais recente do Rock in Rio, em 2022. Alex Skolnick, um de seus parceiros nessa empreitada, contou recentemente como é trabalhar ao lado de Portnoy.

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O guitarrista do Testament abordou o assunto em entrevista ao The Metal Voice (com transcrição do Ultimate Guitar). Entre os vários elogios, classificou o baterista como uma “enciclopédia”.

“Um cara amável. Gigante na bateria e também em personalidade. Mas ele também é uma enciclopédia. Você pode tocar músicas de Frank Zappa, King Crimson ou Stevie Wonder e ele vai conhecer.

Ele também consegue fazer riffs de guitarra e baixo – ele realmente é um multi-instrumentista total
e consegue fazer bons vocais. Também é ótimo para trabalhar com composição, porque ele é realmente um líder.”

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Compondo com Mike Portnoy

Em seguida, Skolnick passou então a descrever os métodos de composição pouco ortodoxos utilizados por Portnoy. O baterista tem um jeito muito próprio de trabalhar, que agrada bastante o guitarrista do Testament.

Segundo ele, tudo começa com um gráfico. Ou melhor, um roteiro.

“Não é realmente um gráfico, mas ele vai fazer um roteiro. Ele pensa em um nome para cada parte da música – é um jeito bem rock ‘n’ roll de fazer isso. E de certa forma, é como orquestrar, porque ele vem com um apelido para uma parte. ‘Isso me lembra ‘Let It Be’, nós vamos chamar de ‘Let It Be’ ou algo assim’. Ele vem com um nome, escreve isso, escreve a ordem e então tentamos e fazemos a mudança. ‘Ok, essa parte entra aqui. Agora essa parte vai aqui. Vamos tentar isso. Ok, vamos jogar fora essa parte’. É divertido trabalhar com alguém assim.”

Sobre o Metal Allegiance

Além de Alex Skolnick e Mike Portnoy, o Metal Allegiance conta com dois baixistas: David Ellefson (ex-Megadeth) e Mark Menghi (ex-Constricted), este último o fundador do projeto, em 2014. Os vocais se alternam entre convidados como Chuck Billy (Testament), John Bush (ex-Anthrax, Armored Saint) e Mark Osegueda (Death Angel), entre outros.

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Já participaram também Andreas Kisser (guitarrista do Sepultura), Charlie Benante (baterista do Anthrax), Dave Lombardo (ex-baterista do Slayer), Phil Anselmo (vocalista do Pantera), Randy Blythe (vocalista do Lamb of God) e vários outros nomes.

O grupo lançou até hoje dois álbuns de estúdio: o homônimo, de 2015, e “Volume II: Power Drunk Majesty” (2018), além do EP “Fallen Heroes” (2016). Contudo, a maior parte do repertório de seus shows é composto por covers de clássicos do heavy metal.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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