A opinião de Ritchie Blackmore sobre Tommy Bolin

Músico elogiou substituto e deixou claro não temer por uma mudança radical no som de sua antiga banda

Ritchie Blackmore foi a mola propulsora do Deep Purple entre os membros originais. Ok, Jon Lord também fez a diferença com seus teclados, assim como Ian Paice é um baterista por vezes subestimado. Porém, foi o mestre dos riffs que desencadeou o poder de fogo da banda ao assumir a linha de frente de forma mais veemente a partir de “In Rock” (1970).

Após o sucesso dos primeiros anos, o guitarrista decidiu pedir as contas e passar a se dedicar ao Rainbow, grupo onde seria a figura dominante – suprimindo o ímpeto de sair na mão com os colegas a cada discussão. Seu substituto foi Tommy Bolin, que adicionou diferentes influências ao som, mesmo que sem descaracterizá-lo por completo.

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Mas o que Blackmore achou da escolha dos então ex-parceiros? O livro “Deep Purple 1968 – 1976”, editado no Brasil pela Estética Torta, trouxe um depoimento do músico à época. O trecho foi retirado do Whiplash.

“Ele é muito bom, é um dos melhores. Acho que a banda provavelmente ficará muito feliz. Tommy é versado em muitas coisas, incluindo funk e jazz. Talvez eles se transformem em uma banda bastante diferente, mas eu duvido. Acho que sabem que se mudarem, serão apenas mais uma banda tocando som funk. Ainda vão manter a base sonora no rock, tenho certeza disso.”

Ritchie Blackmore sobre Joe Satriani e Steve Morse

Após o fim de sua segunda passagem pelo Deep Purple, na década de 1990, Ritchie Blackmore teve sua vaga ocupada temporariamente por Joe Satriani e em definitivo por Steve Morse. Em uma entrevista divulgada em 2018 no canal de YouTube “Ritchie Blackmore Channel” (transcrição via BraveWords), ele fez elogios a ambos — até certo ponto.

“Joe Satriani é um guitarrista brilhante, mas nunca o vejo procurando por notas, nunca o ouço tocando uma nota errada. Jimi Hendrix tocava várias notas erradas, porque estava buscando o tempo todo… ‘onde diabos está aquela nota correta?’. E quando ele encontrava, wow, era incrível. Se você está sempre tocando as notas corretas, há algo errado. Você não está buscando, não está tentando nada. Mas isso não quer dizer que ele não seja um guitarrista muito brilhante. Mesma coisa com Steve Morse… guitarrista fantástico.”

Em seguida, Blackmore disse que fica “contente” pelo Deep Purple ter encontrado um guitarrista para seguir em frente.

“Pensei que ficaria algemado a essa banda pelo resto da vida. Era uma coisa tipo ‘bola e corrente’ e, felizmente, eles encontraram alguém. ‘Graças a Deus, posso sair!’. Não tenho escutado muito, apenas sei que Joe Satriani e Steve Morse são guitarristas brilhantes. Eu me lembro de Steve Morse com o Dixie Dregs, são fantásticos.”

Sobre Tommy Bolin

Nascido em Sioux City, Iowa, Estados Unidos, Thomas Richard Bolin foi um prodígio da guitarra, tendo tocado com uma série de artistas locais desde os 13 anos de idade. O maior destaque foi o Zephyr, que chegou a abrir shows do Led Zeppelin.

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Em 1973 se juntou à James Gang, gravando dois discos. Paralelamente, integrou a banda de Billy Cobham, participando do álbum “Spectrum” (1973). Também foi convidado especial na estreia do Moxy, registrando os solos.

Na metade dos anos 1970 substituiu Ritchie Blackmore no Deep Purple. Participou de “Come Taste The Band” (1975), disco que dividiu os fãs à época do lançamento, mas adquiriu status de cult com o passar do tempo. No mesmo período, gravou dois álbuns solo, “Teaser” (1975) e “Private Eyes” (1976).

Morreu dia 4 de dezembro de 1976, em decorrência de uma overdose de heroína.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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