Spotify não pretende banir inteligência artificial por completo, diz CEO

Daniel Ek reafirmou esforços para estabelecer origem de faixas após surgimento de tecnologias que imitam artistas famosos

O debate sobre uso de ferramentas que usam inteligência artificial para gerar música segue como o assunto mais quente de 2023. Agora o CEO do Spotify, Daniel Ek, resolveu dar sua opinião.

Em entrevista à BBC, Ek caracterizou o uso geral de inteligência artificial em música em três cenários:

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  • ferramentas como auto-tune, usadas em prol de conteúdo original: aceitável ao seu ver;
  • ferramentas usadas para reproduzir outros artistas: inaceitável;
  • música gerada por IA claramente influenciada por um artista existente, mas não uma imitação direta: algo que ele classifica como um terreno mais polêmico.

Com base nessa distinção, o Spotify não irá banir inteligência artificial por completo na plataforma. Contudo, os esforços para fazer questão de artistas não estarem sendo imitados serão redobrados. Ek disse:

“Imagina alguém postando uma música, dizendo ser da Madonna, mesmo não sendo. A essa altura, já vimos quase tudo na história do Spotify no que diz respeito a pessoas que tentam se aproveitar do nosso sistema. Temos uma equipe enorme trabalhando exatamente nesse tipo de questão.”

Drake, The Weeknd e inteligência artificial

Em abril de 2023, um criador chamado Ghostwriter chamou atenção para si ao postar uma “parceria” entre Drake e The Weeknd inteiramente feita com ferramentas de inteligência artificial. A faixa foi chamada “Heart on my Sleeve”. 

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O Spotify retirou a canção do serviço logo em seguida, mas isso não impediu Ghostwriter de tentar uma indicação ao Grammy pela faixa. A Recording Academy recusou o pedido e ainda anunciou, em junho, novas regras barrando uso de IA entre indicados. Um comunicado oficial diz:

“Apenas criadores humanos são aptos a serem submetidos a consideração. Um trabalho que não contém autoria de humanos não será apto em nenhuma categoria.”

Quanto a trabalhos que contêm autoria mista entre humanos e IA, a academia escreveu:

“O componente de autoria humana do trabalho submetido precisa ser significante e mais que de minimis [sem significância ou importância; tão menor a ponto de não ser inconsequente]. Especificamente, isso significa que se IA estiver envolvida, então a contribuição humana precisa ser a principal contribuição criativa.”

Sobre o Spotify

Criado na Suécia, em abril de 2006, o Spotify conta atualmente com cerca de 406 milhões de usuários ativos, sendo 180 milhões deles em modalidades pagas. Seus arquivos armazenam mais de 100 milhões de músicas e outros registros de áudio. É líder absoluto em popularidade e adesão no seu segmento.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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