Como Brian May tem ajudado Nasa em missão que pode revelar origem da Terra

Doutor em astrofísica, guitarrista do Queen é especialista em alinhar várias imagens de ângulos diferentes para criar senso de perspectiva

Além de ser um dos maiores guitarristas da história do rock, Brian May também é doutor em astrofísica. O músico do Queen usou uma especialidade sua para auxiliar a Nasa em um projeto que pode nos dar respostas sobre a origem de nosso planeta.

A agência espacial americana enviou em 2016 uma sonda chamada Osiris-Rex até o asteroide Bennu, em órbita dentro do Sistema Solar e considerado mais antigo que a própria Terra. A ideia é coletar material.

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Em entrevista à BBC, o professor Dante Lauretta, investigador principal da missão, contou a respeito dos desdobramentos da iniciativa.

“Quando tirarmos os 250g (da carga) do asteroide Bennu de volta à Terra, estaremos olhando para material que existia antes do nosso planeta, talvez até alguns grãos que existiam antes do nosso Sistema Solar. Estamos tentando juntar as peças do nosso início. Como a Terra se formou e por que é um mundo habitável? De onde os oceanos obtiveram sua água; de onde veio o ar em nossa atmosfera; e o mais importante, qual é a fonte das moléculas orgânicas que constituem toda a vida na Terra?”

Onde é que Brian May entra nessa história? O papel dele na missão foi como especialista em imagens estéreo.

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O guitarrista, que concluiu seu doutorado em 2007 na Imperial College of London após abandonar os estudos por mais de 30 anos, tem a capacidade de alinhar duas imagens de um objeto tiradas de ângulos ligeiramente diferentes. A ideia é dar uma sensação de perspectiva – criando uma visão 3D de uma cena.

Junto com a colaboradora Claudia Manzoni, os dois estabeleceram os locais mais seguros para a aproximação da sonda no asteroide a partir de imagens disponíveis. À BBC, May descreveu sua função:

“Eu sempre digo que você precisa de arte além de ciência. Você precisa sentir o terreno para saber se a espaçonave tem probabilidade de cair ou se vai bater nessa ‘rocha da destruição’ que estava bem na beira do eventual local escolhido, chamado Nightingale. Se isso tivesse acontecido, teria sido desastroso.”

O momento que a sonda se encontrou com Benno para a coleta de material ocorreu em outubro de 2020. A superfície era tão frágil a ponto de um jato de gás nitrogênio designado para limpar entulho ter criado uma cratera de oito metros de diâmetro.

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Felizmente, a coleta correu sem incidentes. A sonda está prestes a entrar novamente na atmosfera terrestre, após sua missão de sete anos.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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