YouTube divulga princípios musicais de inteligência artificial na plataforma

Companhia firmou parceria com a Universal; artistas, produtores e compositores ajudarão a moldar política relacionada a IA

Nos últimos meses, a proliferação de ferramentas de inteligência artificial com aplicações em música gerou uma moda online. Toda semana aparece uma notícia de um artista, vivo ou morto, fazendo cover de uma canção incomum.

E pensando nas ramificações legais disso, o Google e a Universal Music Group haviam iniciado uma série de negociações para criar um licenciamento da música de seus artistas para fins de uso com IA.

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Nesta segunda-feira (21), o YouTube publicou o primeiro conjunto de princípios musicais de inteligência artificial. Os conceitos basicamente delineiam o compromisso da companhia com artistas perante essa nova tecnologia, além de detalhar as medidas a serem adotadas com objetivo de preservar a propriedade intelectual, incluindo redobrar esforços na detecção de violações de direitos autorais.

O presidente e CEO do Universal Music Group, Lucian Grainge, que trabalhou junto com o YouTube para moldar esses princípios, afirmou em declaração oficial:

“Nosso desafio e oportunidade como indústria é estabelecer ferramentas, incentivos e recompensas eficazes – bem como regras do jogo – que nos permitam limitar o potencial negativo da IA ​​enquanto promovemos seu promissor lado positivo. Se encontrarmos o equilíbrio certo, acredito que a IA ampliará a imaginação humana e enriquecerá a criatividade musical de novas maneiras extraordinárias.

Nossa fé duradoura na criatividade humana é a base da colaboração do Universal Music Group com o YouTube no futuro da IA. O ponto central de nossa visão coletiva é tomar medidas para construir um ecossistema seguro, responsável e lucrativo de música e vídeo – onde artistas e compositores tenham a capacidade de manter sua integridade criativa, seu poder de escolha e serem compensados de forma justa.”

Incubadora de inteligência artificial

A principal nova medida anunciada está na forma da Incubadora de IA, um programa que reunirá artistas, compositores e produtores para ajudar a informar a abordagem do YouTube à IA generativa na música.

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Os primeiros nomes anunciados a fazerem parte dessa iniciativa são todos do Universal Music Group. Entre eles estão Anitta, Björn Ulvaeus (ABBA), d4vd, Don Was, Juanes, Louis Bell, Max Richter, Rodney Jerkins, Rosanne Cash, Ryan Tedder, Yo Gotti, o espólio de Frank Sinatra, entre outros.

Princípios do YouTube

Confira abaixo os três princípios musicais de inteligência artificial, segundo o CEO do YouTube, Neal Mohan:

Princípio Nº 1: “a IA está aqui e vamos adotá-la com responsabilidade junto com nossos parceiros musicais. À medida que a Inteligência Artificial generativa revela novas formas ambiciosas de criatividade, o YouTube e nossos parceiros na indústria da música concordam em desenvolver nossa longa história colaborativa e abraçar com responsabilidade esse campo de rápido avanço. Nosso objetivo é fazer parceria com a indústria da música para capacitar a criatividade de uma forma que aprimore nossa busca conjunta por inovação responsável”.

Princípio Nº 2: “a IA está inaugurando uma nova era de expressão criativa, mas deve incluir proteções apropriadas e abrir oportunidades para parceiros musicais que decidirem participar. Continuamos nosso forte histórico de proteção ao trabalho criativo dos artistas no YouTube. Fizemos grandes investimentos ao longo dos anos nos sistemas que ajudam a equilibrar os interesses dos detentores de direitos autorais com os da comunidade criativa do YouTube”.

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Princípio Nº 3: “Desenvolvemos políticas de conteúdo e uma área de Confiança e Segurança que são líderes no setor. Vamos ampliar sua escala para enfrentar os desafios da IA. Passamos anos investindo em políticas e equipes de confiança e segurança que ajudam a proteger a comunidade do YouTube e também estamos aplicando essas salvaguardas ao conteúdo gerado por IA. Os sistemas generativos de IA podem ampliar os desafios atuais, como abuso de marcas registradas e direitos autorais, desinformação, spam e muito mais. Mas a IA também pode ser usada para identificar esse tipo de conteúdo, e continuaremos a investir na tecnologia baseada em IA que nos ajuda a proteger nossa comunidade de espectadores, criadores, artistas e compositores, desde o Content ID até políticas e detecção e sistemas de fiscalização que mantêm nossa plataforma segura nos bastidores. E nos comprometemos a escalar ainda mais esse trabalho”.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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