Black Sabbath: Geezer Butler prefere “The Devil You Know” a “13”

Baixista acredita que ultimo disco de inéditas da banda, produzido por Rick Rubin, não teve uma criação muito divertida

O Black Sabbath lançou o seu último álbum de estúdio, “13”, em 2013. A respeito do trabalho produzido por Rick Rubin, Geezer Butler já confessou ter uma opinião mista. O baixista gostou do resultado final de algumas faixas, enquanto desaprovou outras, descrevendo o processo em estúdio como uma “experiência estranha”. 

Durante recente entrevista ao podcast The Rock Experience with Mike Brunn, transcrita pelo Ultimate Guitar, o músico tornou a falar sobre o projeto. No caso, o entrevistador perguntou qual disco Geezer prefere: “13” ou “The Devil You Know”.

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O segundo citado foi disponibilizado pelo Heaven & Hell. Criado em 2006, o projeto relacionado ao Sabbath reuniu a formação dos álbuns “Mob Rules” (1981) e “Dehumanizer” (1992), com Tony Iommi (guitarra), Ronnie James Dio (voz) e Vinny Appice (bateria), além do baixista. As atividades foram encerradas em 2010 após a morte do vocalista.

Butler não hesitou na resposta:

“Provavelmente ‘The Devil You Know’, porque todos nós tivemos uma participação democrática nesse álbum. E o que me irrita é que foi muito mais divertido fazer esse disco. O processo de ‘13’ parecia eterno e, supostamente, tínhamos Rick Rubin como produtor. Rubin trabalhou muito bem com Ozzy, mas não acho que Tony se deu muito bem com ele. Então eu prefiro o álbum ‘The Devil you Know’.”

Anos atrás, em 2009, o baixista mostrou-se satisfeito com “The Devil You Know”. Em bate-papo publicado pela Blabbermouth, Geezer detalhou a composição e gravação do disco.

“Terminamos de compor o álbum em cerca de doze semanas. Tínhamos outras ideias e estávamos trabalhando em outras músicas, mas elas não eram tão fortes quanto as dez músicas que selecionamos para o disco, então não insistimos nelas. Assim que terminamos de compor, fomos direto ensaiar e tocamos tudo ao vivo para que conhecêssemos melhor as músicas. Todas as transições melódicas do baixo, as viradas na bateria, todo esse tipo de coisa foi trabalhado durante as sessões de ensaio. Então, quando entramos no estúdio, levamos cerca de três semanas para gravar as faixas e cerca de um mês para mixar o álbum. Foi um processo muito rápido para nós, porque geralmente demoramos muito. Então, ficamos todos muito felizes com a experiência no estúdio desta vez.”

Geezer Butler e “13”

O álbum “13”, último de inéditas do Black Sabbath, foi um sucesso estrondoso. Porém, nem por isso deixou de ter uma série de críticas, algumas feitas de dentro da própria banda. Ao Trunk Nation, Geezer Butler direcionou suas frustrações contra Rick Rubin.

“Algumas coisas eu gostei, outras não. Foi uma experiência estranha, especialmente quando disse para esquecer que éramos uma banda de heavy metal. Ele tocou nosso primeiro álbum para nós e falou: ‘lembrem-se de quando não havia heavy metal ou qualquer coisa assim, finjam que é o álbum seguinte a este’, o que é uma coisa ridícula de se pensar.”

O músico ainda deixou claro não saber qual foi a real contribuição do produtor ao disco.

“A verdade é que ainda não sei o que ele fez no disco. Houve um dia que Ozzy enlouqueceu porque ele fez, tipo, 10 vocais diferentes, e Rick continuou dizendo: ‘sim, isso é ótimo, mas faça outro’. E Ozzy disse: ‘se é ótimo, por que estou fazendo outro?’ Ele simplesmente pirou.”

A chateação se estendeu à forma como Rubin quis gravar as guitarras de Tony Iommi.

“Tony não estava feliz com algumas das coisas que Rick estava tentando fazê-lo tocar. Ele estava fazendo Tony pegar amplificadores de 1968 – como se isso fosse fazer com que soasse como em 1968. Foi uma loucura. Mas parecia bom para a publicidade e para a gravadora. ‘Se você tem Rick Rubin envolvido, então deve ser bom’, esse tipo de coisa.”

O álbum final do Black Sabbath

Na época em que chegou a público, “13” atingiu o primeiro lugar das paradas de nove países, incluindo Estados Unidos e Reino Unido, pela primeira e segunda vez na carreira, respectivamente. As músicas “God Is Dead?”, “End of the Beginning” e “Loner” foram promovidas como singles.

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Só no ano de lançamento, o álbum vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo. Foi reconhecido com disco de ouro no Reino Unido e na Áustria e platina no Canadá, Polônia, Alemanha e Brasil, onde teve mais de 40 mil unidades comercializadas.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

1 COMENTÁRIO

  1. Mas qualquer ser humano pensante prefere the Devil you know àquela porcaria feita pra tentar vender e lucrar com o nome de Black sabbath chamada 13.

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