Iron Maiden: o que afastou Bruce Dickinson em “Somewhere in Time”, segundo Steve Harris

Vocalista não colaborou com composições do álbum, atualmente celebrado nos shows da turnê “The Future Past Tour”

Lançado em 1986, “Somewhere in Time” marcou alguns rompimentos e inovações na sonoridade do Iron Maiden. Embora os discos anteriores já contassem com diferenças entre si, foi no sexto trabalho de inéditas onde a banda realmente resolveu experimentar algo que representasse uma quebra de paradigmas. Assim, o grupo inseriu os sintetizadores em seu cotidiano musical.

Outra mudança em comparação aos antecessores diretos foi a ausência de Bruce Dickinson no time de compositores. Desgastado pela frenética “World Slavery Tour”, o vocalista apresentou algumas ideias que destoavam da ideia do disco. Sendo assim, pela primeira vez não contribuiu com alguma canção – em “The Number of the Beast” (1982) ele não foi creditado por questões contratuais, mas participou do processo.

- Advertisement -

Em entrevista à nova edição da revista Metal Hammer, o baixista e líder Steve Harris recordou o cenário em que a banda se reencontrou para trabalhar no play.

“A atmosfera era boa, mas Bruce não estava pronto. Não recusávamos nada naquela época, então, qualquer coisa que fosse oferecida pensávamos: ‘Sim! Nós podemos fazer isso!’. Éramos jovens, você só quer sair e se divertir o máximo possível. Toda aquela rotina turnê-álbum-turnê-álbum-turnê, constantemente por sete ou oito anos… foi a coisa certa a fazer, mas cobrou seu preço de certas pessoas. Especialmente de Bruce.”

    O estado psíquico se refletiu totalmente no que o cantor propunha aos colegas.

    “Ele estava inventando muitas coisas acústicas. Simplesmente não era a coisa certa a fazer na época. Acho que ficou desapontado, obviamente, mas o que você pode fazer? Eu tenho que seguir meu feeling.”

    Leia também:  Rapper diz estar sendo processado pelo Iron Maiden após uso de Eddie em arte

    Steve Harris e as ideias dos colegas de banda

    Aliás, o chefão deixa claro que não se sente confortável ao ter que recusar ideias dos colegas.

    “É muito, muito difícil. É a coisa mais difícil do mundo quando alguém chega com uma ideia e você tem que dizer: ‘Não é adequado’. É muito difícil! Se eles acham que é bom o suficiente para trazer para você, eles devem acreditar que é. Então, como você diz a eles que não é?”

    Iron Maiden e “Somewhere in Time”

    “Somewhere in Time” vendeu em torno de 5 milhões de cópias à época do lançamento, ganhando disco de platina nos Estados Unidos, além de ouro no Brasil e Reino Unido. Atualmente, vem sendo celebrado na turnê “The Future Past”, com 5 de suas 8 faixas no setlist.

    Leia também:  Por que comparação entre Beatles e Oasis é vergonhosa, segundo Noel Gallagher

    Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

    ESCOLHAS DO EDITOR
    InícioCuriosidadesIron Maiden: o que afastou Bruce Dickinson em “Somewhere in Time”, segundo...
    João Renato Alves
    João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
    João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

    DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui


    Últimas notícias

    Curiosidades