Iron Maiden: “Somewhere in Time” não correspondeu à expectativa de Steve Harris

Líder da banda revelou entender, ainda em 1986, que o objetivo inicial com o disco não foi alcançado

O recente anúncio de que a próxima turnê do Iron Maiden dará destaque especial ao álbum “Somewhere in Time” – além do mais recente, “Senjutsu” – deixou os fãs da banda em polvorosa. Afinal de contas, as músicas do disco de 1986 não foram presença constante dos setlists na história da banda. “Heaven Can Wait” permaneceu nos anos 1990, enquanto “Wasted Years” tem aparecido com mais frequência. Porém, as outras acabaram esquecidas.

O motivo talvez possa ser buscado no passado. Sempre muito crítico do próprio trabalho, o baixista e líder da banda Steve Harris confessou à revista francesa Hard Rock não ter ficado totalmente satisfeito com o resultado do sexto trabalho de estúdio do grupo. A entrevista foi realizada em outubro de 1986.

“Quando estávamos gravando em Nassau, tínhamos uma visão mais ampla da composição do disco e do jeito que ia soar. Gravamos as faixas de baixo e bateria lá, depois fomos para a Holanda fazer o resto. Quando tudo foi feito, não foi bem o que esperávamos. As músicas eram mais longas do que pensávamos e não eram tantas. ‘Somewhere In Time’ é um álbum bem longo, com quase 50 minutos de música. Pelo menos, vai valer o dinheiro investido pelos fãs! No começo, tínhamos muitas ideias e temas musicais diferentes, mas, à medida que avançamos, não terminamos algumas músicas ou usamos algumas partes em outras para reforçá-las. Quando conseguimos o suficiente, não procuramos mais.”

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Iron Maiden e “Somewhere In Time”

“Somewhere In Time” mostrou o Iron Maiden experimentando novas sonoridades, com uso de guitarras sintetizadas pela primeira vez na carreira. Apesar de não ser conceitual, parte das músicas versam sobre a relação do tempo com as mudanças e sensações que permeiam a existência.

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O vocalista Bruce Dickinson não assina nenhuma composição. Suas ideias foram rejeitadas por não se encaixarem na proposta, dando espaço para que o guitarrista Adrian Smith se impusesse com maior afinco ao lado de Steve Harris.

O álbum vendeu em torno de 5 milhões de cópias, ganhando disco de platina nos Estados Unidos, além de ouro no Brasil e Reino Unido.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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