Summer Breeze Brasil torna realidade modelo europeu para festival nacional; veja como foi

Evento de som pesado criado na Alemanha e realizado pela primeira vez em São Paulo trouxe atrações como Avantasia, Blind Guardian e Stone Temple Pilots

Electric Gypsy faz show de sua vida para quase ninguém

*Por Igor Miranda

De que adianta realizar um concurso para “para descobrir e promover as bandas brasileiras” se não há público para conferir o campeão? O Electric Gypsy venceu o pleito popular do concurso “New Blood”, que colocaria uma banda nacional no lineup do evento. Quem votou deveria ter estado lá, não é mesmo? O problema é que eles tocaram no palco Waves (restrito a quem havia comprado o ingresso mais caro) e no mesmo horário que o Kreator (talvez o show mais concorrido do festival). Como resultado, umas 20 a 30 pessoas se fizeram presentes e, salvo engano, este site foi o único veículo de imprensa a cobrir a apresentação.

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Uma pena, considerando que a jovem banda mineira de hard rock já havia se provado promissora ao servir como atração de abertura da recente turnê de Paul Di’Anno pelo Brasil. Mesmo com poucos espectadores, Guzz (vocal), Nolas (guitarra), Pete (baixo) e Robert Zimmerman (bateria) foram profissionais e tocaram como se estivessem diante de milhares. E não decepcionaram. O trio instrumental executa suas funções com maestria e Guzz, frontman carismático, cumpre bem seu papel diante do microfone.

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O quarteto também estava mais solto do que quando abriu para Di’Anno em São Paulo. O tempo de set mais longo permitiu que músicas como a melódica “Modern Love”, a bluesy “Right On” e “Wild Kiss”, com o baixo de Pete em destaque, fossem apresentadas junto das já recorrentes e enérgicas “Hit and Run”, “More Than Meets the Eye”, “Nine Lives” e “The Devil Made Me Do It”, vez ou outra embebidas em clichês do hair metal oitentista, mas funcionais em suas propostas.

Como já observado antes, o quarteto ainda precisa trabalhar um pouco mais no desenvolvimento sua identidade, desafio natural para uma banda jovem com proposta retrô. Mas o simples fato de Guzz ter parado de misturar português com inglês ao conversar com o público mostra que eles parecem dispostos a isso. Que venham plateias maiores.

Repertório – Electric Gypsy:

1. Hit and Run

2. More Than Meets The Eye

3. I’m Down (For Her)

4. Hot for Teacher (cover de Van Halen)

5. Modern Love

6. Right On

7. Heads or Tails

8. Nine Lives

9. Wild Kiss

10. The Devil Made Me Do It

11. Shoot ‘em Down

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Guia:

Voodoo Kiss – página 02
Brutal Brega – página 03
Benediction – página 04
Marc Martel – página 05
Crypta – página 06
Tributo a Andre Matos – página 07
Tuatha de Danann – página 08
Lord of the Lost – página 09
Skid Row – página 10
Bruce Dickinson (palestra) – página 11
Sepultura – página 12
Perturbator – página 13
Lamb of God – página 14
Stone Temple Pilots – página 15
Accept – página 16
Blind Guardian – página 17
Apocalyptica – página 18
Velvet Chains (início do segundo dia) – página 19
Krisiun – página 20
Grave Digger – página 21
Project46 – página 22
H.E.A.T – página 23
Bury Tomorrow – página 24
Vixen – página 25
Finntroll – página 26
Testament – página 27
The Winery Dogs – página 28
Beast in Black – página 29
Kreator – página 30
Electric Gypsy – página 31
Napalm Death – página 32
Avantasia – página 33
Sinistra – página 34
Parkway Drive – página 35
Stratovarius – página 36
Evergrey – página 37

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

5 COMENTÁRIOS

  1. Na verdade, eu fui pra ver o Marc Martel. Não só ele, claro. Mas ele era minha prioridade… E fiquei encantada com show. Amo o Queen e honestamente não gosto de outros cantores interpretando. Só o Marc.

  2. Excelente festival para uma primeira edição no Brasil, organização e estrutura nota 9/10, local agradável, espaçoso e de fácil acesso.

    Eu li no site do evento que a água seria potável, então imaginei que a água daquelas torneiras era potável e bebi várias vez. Inclusive vi muita gente bebendo. Acho que vou comprar um Annita, só por precaução.

    O cartão de alimentação deveria ser gratuito e entregue na entrada, ganharam 7,00 de cada um.

    O som estava realmente alto e isso afeta a audição, eu usei protetor de ouvidos de silicone, não atrapalha em nada e protege.
    Soube que a vizinhança reclamou do volume, mas pelo menos ouviram 40 bandas de graça.

    Notei algumas pessoas em cadeira de rodas e essas tiveram dificuldade de locomoção pelo evento.

    Colocaram o Stratovarius no palco errado, o Ice Stage foi pequeno para o tamanho da banda e houve congestionamento na passarela. Muita gente teve que assistir ao lado dos banheiros e atrás das palmeiras.

    Em relação aos banheiros, houve descaso da organização. Não tinha manutenção, nenhum funcionário colocando desinfetante ou lavando com água sanitária. Eu entrei com máscara, deixei a porta aberta e mesmo assim o mau cheiro de urina estava insuportável. As mulheres sofreram mais .

    Gostaria de ver bandas de black metal no Summer Breeze 2024.
    Minhas sugestões: Vader, And Oceans, Skyclad, Borknagar, In Flames, Amon Amarth, Rotting Christ, Acherontas, Dark Funeral, Melechesh, Dark Tranquility, Iced Earth, Solstafir, Anathema, Uganga, Arandu Arakuaa, Appalachian Winter, Eisregen, Enslaved, Satyricon, Taake, Ulver, Amorphis, Brujeria, Insomnium, Moonsorrow, Equilibrium, Einherjer, Possessed, Marauder, Iron Savior, Morgana Lefay, Arkona, Orphaned Land, Stille Volk, Sabaton, Arcturus, In Extremo, Agalloch, Mgla, Withim Temptation, Ad Infinitum, Pain Of Salvation, Vanden Plas, Royal Hunt, Limbonic Art, Rammstein.
    Behemoth, Dimmu Borgir, Cradle of Filth e Cannibal Corpse sempre tocam em SP, mas seria bom ver novamente.

  3. Creio que não teve mais gente por causa do Monsters, que foi uma semana antes e arrebenta o bolso do cidadão. Eu mesmo escolhi ir no Monsters, mas com grande vontade de ter ido ao Summer. No ano que vem, quem sabe.

      • Acho que os dois festivais já estavam com data definida quando foram anunciados. Não daria para um mudar por conta do outro. Os dois se beneficiaram por ter feriado próximo (Monsters na sexta, Summer na segunda), o que facilita para quem vem de fora.

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