Summer Breeze Brasil torna realidade modelo europeu para festival nacional; veja como foi

Evento de som pesado criado na Alemanha e realizado pela primeira vez em São Paulo trouxe atrações como Avantasia, Blind Guardian e Stone Temple Pilots

Vixen empolga público com hits oitentistas

*Por Thiago Zuma

Entre tantas bandas veteranas de Brasil, a estreia da Vixen no país ficou restrita ao Waves, com atrações não incluídas no pacote principal do Summer Breeze. O grupo ainda se apresentaria na mesma noite como parte da Summer Party, na Audio. Mesmo contando só com a baterista Roxy Petrucci da formação clássica oitentista, um bom público se acomodou nos assentos do auditório Simón Bolívar para acompanhá-las.

- Advertisement -

O atraso de quase meia hora gerou certa impaciência enquanto as musicistas passavam o som no palco. Algumas pessoas já haviam desistido e deixado o Waves quando o sistema de som executou “Yankee Rose” e a Vixen subiu ao palco para uma apresentação de pouco mais de uma hora que começou com “Rev it Up”, faixa-título do álbum de 1990. Ainda demorou um pouco para se acertar a equalização do som.

O repertório contou com alguns dos hits do grupo como “How Much Love”, que tirou o público das cadeiras para se amontoar em frente ao palco, mas foi preenchido por muitos covers. Dois deles vieram do Femme Fatale, banda pouca conhecida da cena oitentista da qual saiu a vocalista Lorraine Lewis, cujo timbre de voz é um pouco mais agudo do que a de Janet Gardner, cantora original da Vixen.

https://www.instagram.com/p/Crq3-KQgqJ4/

Foi meio difícil fugir da sensação de se estar assistindo uma banda cover, um problema constante para a Vixen, que nunca conseguiu uma reunião da formação da época de sucesso. A missão se tornou impossível após a morte da guitarrista Jan Kuehnemund em 2013, responsável por liderar sozinha uma reformulação do grupo no início do milênio. Ainda que às vezes soasse forçadamente estendido, o show se manteve animado quando o público, majoritariamente feminino, cantava faixas autorais do Vixen como “Love Made Me” e “Streets of Paradise”, ou via a vocalista Lorraine Lewis se jogar na galera em “Ain’t Talkin’ Bout Love”, do Van Halen.

Leia também:  Festival beneficente no Rio para ajudar vítimas no RS une Krisiun, LAC, Desalmado e Savant

Como não poderia deixar de ser, o encerramento foi com “Edge of Broken Heart”, ovacionada pelo público que havia sobrado no auditório, já bem reduzido em relação ao que ainda estava presente quando o set começou.

Repertório – Vixen:

1. Rev It Up

2. Waiting for the Big One (cover de Femme Fatale)

3. How Much Love

4. Cruisin’

5. Cryin’ (cover de Jeff Paris)

6. Medley: Runnin’ With the Devil  (Van Halen) / I Want You to Rock Me / What You’re Doing (Rush) / War Pigs (Black Sabbath) / Still of the Night (Whitesnake)

7. Love Made Me

8. Streets in Paradise

9. Hell Raisers

10. You Oughta Know By Now (cover de Raymond Louis Kennedy)

Leia também:  The White Buffalo anuncia shows no Brasil para dezembro

11. Falling in and Out of Love (cover de Femme Fatale)

12. Ain’t Talkin’ ‘bout Love (cover de Van Halen)

13. Edge of a Broken Heart

Guia:

Voodoo Kiss – página 02
Brutal Brega – página 03
Benediction – página 04
Marc Martel – página 05
Crypta – página 06
Tributo a Andre Matos – página 07
Tuatha de Danann – página 08
Lord of the Lost – página 09
Skid Row – página 10
Bruce Dickinson (palestra) – página 11
Sepultura – página 12
Perturbator – página 13
Lamb of God – página 14
Stone Temple Pilots – página 15
Accept – página 16
Blind Guardian – página 17
Apocalyptica – página 18
Velvet Chains (início do segundo dia) – página 19
Krisiun – página 20
Grave Digger – página 21
Project46 – página 22
H.E.A.T – página 23
Bury Tomorrow – página 24
Vixen – página 25
Finntroll – página 26
Testament – página 27
The Winery Dogs – página 28
Beast in Black – página 29
Kreator – página 30
Electric Gypsy – página 31
Napalm Death – página 32
Avantasia – página 33
Sinistra – página 34
Parkway Drive – página 35
Stratovarius – página 36
Evergrey – página 37

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioResenhasSummer Breeze Brasil torna realidade modelo europeu para festival nacional; veja como...
Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

5 COMENTÁRIOS

  1. Na verdade, eu fui pra ver o Marc Martel. Não só ele, claro. Mas ele era minha prioridade… E fiquei encantada com show. Amo o Queen e honestamente não gosto de outros cantores interpretando. Só o Marc.

  2. Excelente festival para uma primeira edição no Brasil, organização e estrutura nota 9/10, local agradável, espaçoso e de fácil acesso.

    Eu li no site do evento que a água seria potável, então imaginei que a água daquelas torneiras era potável e bebi várias vez. Inclusive vi muita gente bebendo. Acho que vou comprar um Annita, só por precaução.

    O cartão de alimentação deveria ser gratuito e entregue na entrada, ganharam 7,00 de cada um.

    O som estava realmente alto e isso afeta a audição, eu usei protetor de ouvidos de silicone, não atrapalha em nada e protege.
    Soube que a vizinhança reclamou do volume, mas pelo menos ouviram 40 bandas de graça.

    Notei algumas pessoas em cadeira de rodas e essas tiveram dificuldade de locomoção pelo evento.

    Colocaram o Stratovarius no palco errado, o Ice Stage foi pequeno para o tamanho da banda e houve congestionamento na passarela. Muita gente teve que assistir ao lado dos banheiros e atrás das palmeiras.

    Em relação aos banheiros, houve descaso da organização. Não tinha manutenção, nenhum funcionário colocando desinfetante ou lavando com água sanitária. Eu entrei com máscara, deixei a porta aberta e mesmo assim o mau cheiro de urina estava insuportável. As mulheres sofreram mais .

    Gostaria de ver bandas de black metal no Summer Breeze 2024.
    Minhas sugestões: Vader, And Oceans, Skyclad, Borknagar, In Flames, Amon Amarth, Rotting Christ, Acherontas, Dark Funeral, Melechesh, Dark Tranquility, Iced Earth, Solstafir, Anathema, Uganga, Arandu Arakuaa, Appalachian Winter, Eisregen, Enslaved, Satyricon, Taake, Ulver, Amorphis, Brujeria, Insomnium, Moonsorrow, Equilibrium, Einherjer, Possessed, Marauder, Iron Savior, Morgana Lefay, Arkona, Orphaned Land, Stille Volk, Sabaton, Arcturus, In Extremo, Agalloch, Mgla, Withim Temptation, Ad Infinitum, Pain Of Salvation, Vanden Plas, Royal Hunt, Limbonic Art, Rammstein.
    Behemoth, Dimmu Borgir, Cradle of Filth e Cannibal Corpse sempre tocam em SP, mas seria bom ver novamente.

  3. Creio que não teve mais gente por causa do Monsters, que foi uma semana antes e arrebenta o bolso do cidadão. Eu mesmo escolhi ir no Monsters, mas com grande vontade de ter ido ao Summer. No ano que vem, quem sabe.

      • Acho que os dois festivais já estavam com data definida quando foram anunciados. Não daria para um mudar por conta do outro. Os dois se beneficiaram por ter feriado próximo (Monsters na sexta, Summer na segunda), o que facilita para quem vem de fora.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades