O que pensa o advogado do Metallica sobre processo contra o Napster

Peter Paterno entende que ação foi necessária para estabelecer alguns limites no compartilhamento ilegal de material

Até hoje o Metallica sofre críticas de detratores por conta das ações tomadas contra o Napster na virada do século. A banda foi acusada de gananciosa e mercenária após apontar para os danos que o compartilhamento ilegal de material poderia causar a carreiras de artistas em todo o mundo.

Da mesma forma, muitos colegas de profissão e parte dos fãs se posicionou ao lado do grupo. O apoio só aumentou com o passar do tempo e a realidade cada vez mais cruel da indústria para com artistas – tanto os antigos, que viram seus ganhos minguar quanto para os novos, muitas vezes impossibilitados de construir uma carreira longeva.

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Representante do Metallica no processo, o advogado Peter Paterno relembrou a situação em entrevista à Variety. Na conversa, ele enfatizou a necessidade de alguém representativo ter se colocado na linha de frente da discussão, mesmo com as consequências negativas.

“Era preciso que alguém se posicionasse para estabelecer algumas regras sobre o valor da música. Por que aquelas pessoas eram, basicamente, ladras! A opinião popular agora é uma espécie de história revisionista de que não deveríamos ter processado o Napster, deveríamos ter trabalhado em algo com eles – bem, não, não havia nada para resolver com eles.”

Para o representante legal, não havia a possibilidade de um acordo na questão.

“Que acordo? As pessoas estavam recebendo música de graça. Foi realmente necessário definir as regras básicas. Esses caras não eram fãs – os fãs pagam pela música e apreciam seu valor. É como Dre disse quando contamos a ele sobre o Napster: ‘Eu trabalho 24 horas por dia, 7 dias por semana no estúdio e esses caras simplesmente roubam? Danem-se eles.’”

Para Peter, o Napster alcançou ao menos parte do seu objetivo ao causar um sério abalo no mercado.

“Passamos de um negócio que faturava US$ 30 bilhões por ano para um terço disso em três ou quatro anos. A dedicação e criatividade dos artistas não é mais recompensada. Nunca concordei com isso.”

O fim do Napster

Fundado em 1999, o Napster perdeu os processos movidos por Metallica e Dr. Dre. Três anos mais tarde, a plataforma acabou decretando falência. Entre prós e contras, o fato é que a batalha mudou vários padrões na história da indústria musical.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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