Blackie Lawless diz que era ameaçado de morte após polêmicas com o PMRC

Líder do W.A.S.P. declarou nunca mais ter tido uma vida normal após a perseguição do órgão censor americano

Na metade dos anos 1980, o Parents Music Resource Center (PMRC) começou uma verdadeira caçada contra artistas que um grupo de conservadores fundamentalistas consideravam uma ameaça à moral e os bons costumes da família tradicional – aquela que, no sigilo, faz tudo que se diz contra em público.

O W.A.S.P. foi uma das bandas incluídas na lista “The Filthy Fifteen”, que reunia músicas consideradas depravadas e que atentavam contra os valores pregados pelo comitê. “Animal (F**k Like a Beast)” foi a música do grupo que entrou no ranking.

- Advertisement -

Durante sessão de perguntas e respostas com os fãs (transcrita pelo Rock Celebrities) na atual turnê da banda, o vocalista e guitarrista Blackie Lawless falou sobre o impacto que a perseguição teve em sua personalidade.

“Mudou minha vida, passei a ser alguém mais recluso. Receber umas duzentas ameaças de morte, bombas e tiros faz isso com uma pessoa.”

O músico também credita a mudança ao sucesso repentino que alcançou após o estouro do álbum de estreia.

“Fomos expostos à fama extrema muito cedo. É como se um gênio do mal se levantasse e dissesse: ‘Você pode ter o que quiser. Mas se pegar uma coisa, terá que levar tudo.’ Então, você ganha coisas boas, mas coisas ruins vêm junto. E não dá mais para voltar ao que era antes.”

PMRC e “The Filthy Fifteen”

O PMRC se dissolveu no início dos anos 1990, mas deixou várias marcas. A mais visível foi a criação de um selo a ser colocado nas capas de discos com mensagens “impuras” – o que acabou se tornando um fetiche dos músicos, pois se tornava garantia de interesse público e, consequentemente, mais vendas.

Leia também:  O curioso treino feito por Michael Pfaff ao receber Eloy Casagrande no Slipknot

Eis as 15 canções do “The Filthy Fifteen” e suas mensagens de acordo com o PMRC:

  1. Prince – “Darling Nikki” (sexo e masturbação)
  2. Sheena Easton – “Sugar Walls” (sexo)
  3. Judas Priest – “Eat Me Alive” (sexo e violência)
  4. Vanity – “Strap On ‘Robbie Baby'” (sexo)
  5. Mötley Crüe – “Bastard” (violência e linguagem obscena)
  6. AC/DC – “Let Me Put My Love Into You” (sexo)
  7. Twisted Sister – “We’re Not Gonna Take It” (violência)
  8. Madonna – “Dress You Up” (sexo)
  9. W.A.S.P. – “Animal (F**k Like a Beast)” (sexo, linguagem obscena e violência)
  10. Def Leppard – “High ‘n’ Dry (Saturday Night)” (uso de drogas e álcool)
  11. Mercyful Fate – “Into the Coven” (ocultismo)
  12. Black Sabbath – “Trashed” (uso de drogas e álcool)
  13. Mary Jane Girls – “In My House” (sexo)
  14. Venom – “Possessed” (ocultismo)
  15. Cyndi Lauper – “She Bop” (sexo e masturbação)
Leia também:  “Meus Slipknotos”! Eloy Casagrande fala pela 1ª vez sobre entrada para o Slipknot

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioNotíciasBlackie Lawless diz que era ameaçado de morte após polêmicas com o...
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades