Por que Ace Frehley e Peter Criss não tocam em “Psycho Circus”, segundo Gene Simmons

Disco que deveria selar reunião da formação original do Kiss trouxe contribuições mínimas de Ace Frehley e Peter Criss, substituídos em estúdio por Tommy Thayer e Kevin Valentine

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Psycho Circus” é um dos álbuns mais controversos do Kiss. E nem é por sua sonoridade ou por suas músicas, mas pelos bastidores tumultuados de sua produção.

Lançado em 1998, o disco selaria em definitivo os retornos do guitarrista Ace Frehley e do baterista Peter Criss, que estavam fazendo shows desde 1996 com Paul Stanley (voz/guitarra) e Gene Simmons (voz/baixo). Mas não foi isso que ocorreu.

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Frehley e Criss foram creditados, mas não tocaram em quase nada, sendo substituídos por Tommy Thayer e Kevin Valentine, respectivamente. Apenas “Into the Void” traz a formação original do Kiss tocando junta – Ace ainda gravou guitarra e voz em “You Wanted the Best” e na bônus japonesa “In Your Face”, enquanto Peter registrou vocais, mas não bateria, em “You Wanted the Best” e “I Finally Found My Way”.

Soube-se de tal informação apenas anos depois, já no meio dos anos 2000, quando a dupla saiu novamente do grupo. As explicações de Paul Stanley e Gene Simmons variam: eles já citaram que o produtor Bruce Fairbairn não os queria no disco e culparam os colegas por pedirem mais dinheiro no meio das gravações e não aparecerem no estúdio, entre outras justificativas.

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A versão que envolve dinheiro foi mantida por Gene em recente entrevista à edição 300 da revista Classic Rock. O vocalista e baixista disse:

“Quando a banda começou, Ace e Peter eram tão importantes quanto Paul e eu. Mas por duas décadas Paul e eu mantivemos a banda funcionando – e muito bem. Quando estávamos fazendo ‘Psycho Circus’, Ace disse: ‘ei, eu mereço tanto quanto você’. Falamos: ‘não, não merece’. Então Ace e Peter se recusaram a aparecer. Mas o trem precisa sair da estação, você estando nele ou não.”

Não demorou muito tempo até que Ace Frehley e Peter Criss saíssem da banda. O guitarrista partiu em 2002, enquanto o baterista, entre idas e vindas, deixou o grupo em definitivo em 2004. Antes disso, o grupo chegou a anunciar uma turnê de despedida, mas com as saídas dos dois músicos, Paul Stanley e Gene Simmons retomaram as atividades com Eric Singer na bateria e o já citado Tommy Thayer na guitarra.

Sobre os ex-colegas, Simmons declara:

“Ace e Peter eram um problema, não há outra maneira de dizer isso. Peter ficou tão emocionado no final, começou a pintar uma lágrima no canto do olho… ele estava tão infeliz ganhando dinheiro e tendo as pessoas o adorando. Ah! Então decidimos ver se sangue novo poderia reenergizar a banda.”

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Versões da outra parte

Como era de se esperar, Ace Frehley e Peter Criss dão versões diferentes das de Gene Simmons e Paul Stanley para suas ausências em “Psycho Circus”.

Em sua autobiografia “Não me arrependo”, Frehley diz que chegou a compor várias músicas para o disco, mas que os “patrões” não quiseram aproveitá-las. Apesar disso, ele alega que uma de suas criações, “Life, Liberty and the Pursuit of Rock ‘n’ Roll”, foi bastante aproveitada – e não-creditada a ele – em “I Pledge Allegiance to the State of Rock ‘n’ Roll”.

Por sua vez, Criss alega também em sua autobiografia, “Makeup to Breakup”, que Stanley estava tão empenhado em tirá-lo junto de Frehley do álbum que cada um deles recebeu US$ 850 mil para não participar das gravações.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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