A opinião de David Gilmour sobre a volta do Oasis

Músico destacou que irmãos Gallagher devem fazer o que desejam, criticou venda de ingressos e aproveitou tema para descartar reunião do Pink Floyd

A volta do Oasis impactou a indústria da música. Após quinze anos, os irmãos Liam (voz) e Noel Gallagher (guitarra) deixaram as diferenças de lado e anunciaram o retorno aos palcos para julho do ano que vem, em uma turnê que começará pelo Reino Unido e Irlanda.

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Diante do simbolismo, o assunto ficou entre os mais comentados das últimas semanas. Inclusive, a demanda por ingressos fez com que a banda chegasse a divulgar shows extras antes das vendas. Agora, em uma recente entrevista, até mesmo David Gilmour opinou a respeito da reunião.

Conversando com o canal ITV News, o eterno guitarrista do Pink Floyd pontuou que os artistas devem fazer o que sentem vontade. No entanto, o músico tem ressalvas quanto ao método escolhido para comercializar as entradas das apresentações dos compatriotas ingleses.

Os ingressos vendidos pelo site Ticketmaster entraram no “preço dinâmico”. Tal política da tiqueteira aumenta os preços conforme a demanda e a procura. No fim das contas, certos bilhetes acabaram custando de três a quatro vezes o valor padrão

Por isso, conforme transcrição da Far Out Magazine, Gilmour destacou:

“Acho que o Oasis deveria fazer exatamente o que eles querem. Não tenho certeza sobre essa coisa estranha de ingressos que está acontecendo. Acho que eles deveriam colocar um preço nos ingressos e mantê-lo.”

Os irmãos Liam Gallagher e Noel Gallagher, integrantes do Oasis, no ano de 2024
Oasis (foto: Simon Emmett)

O guitarrista demonstrou preocupação, também, com a próxima geração de bandas. Para ele, existe uma grande chance de não termos um “novo Pink Floyd” ou um “novo Oasis”. O motivo? A “ganância” e o “pensamento de curto prazo” de gravadoras, que preferem investir nos velhos artistas em vez de dedicar recursos para encontrar novos grupos.

Reunião do Pink Floyd?

Ainda no tema, o guitarrista aproveitou para descartar totalmente uma reunião do Pink Floyd. Em suas próprias palavras, ele e os ex-colegas remanescentes — no caso, o baixista Roger Waters e o baterista Nick Mason — não têm qualquer tipo de contato no momento: 

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“Continuem sonhando, isso não vai acontecer. Restam apenas três pessoas e não estamos conversando — e é improvável que aconteça, então não vai rolar.”

David Gilmour é guitarrista do Pink Floyd e também trabalha em carreira solo
David Gilmour (foto: Anton Corbijn)

David Gilmour e Oasis

Noel Gallagher não esconde a admiração pelo Pink Floyd. Porém, ao conhecer o “ídolo” David Gilmour, o guitarrista do Oasis não recebeu o tratamento que esperava.

Em entrevista para a The Quietus em 2011, ele contou a respeito do curioso encontro:

“Eu talvez não tivesse tanto apreço pelos álbuns ‘The Dark Side of the Moon’ e ‘Wish You Were Here’, mas do ‘The Wall’ eu nunca me cansei. A faixa ‘Nobody Home’ me traz muitas lembranças […]. Eu conheci Dave Gilmour em um evento da indústria e acho que o irritei. Eu disse a ele que considerava ‘The Wall’ o seu melhor álbum, mas minha esposa discordava. Ela prefere ouvir ‘Meddle’. E ele respondeu: ‘Bem, claramente sua esposa tem um gosto impecável e você não. Sugiro que a ouça. Eu fiquei tipo: ‘Que p*rra você está falando? Ela não tem a menor ideia! Cai fora…’”

Pink Floyd nos últimos anos

Basicamente, desde 1995 o Pink Floyd permanece inativo. Houve apenas uma pequena reunião em 2005, para apresentação no festival Live 8. Mais recentemente, sem Waters, também foram disponibilizados o disco “The Endless River” em 2014 e a faixa Hey Hey Rise Up em 2022. 

A mais recente música contou com a participação do cantor Andriy Khlyvnyuk, da banda ucraniana Boombox. Toda a renda obtida foi destinada ao Fundo Humanitário da Ucrânia, que auxiliava o povo local durante a invasão russa.

Conversando com a Rolling Stone, David Gilmour falou sobre como a ideia para “Hey Hey Rise Up” surgiu após ver um vídeo do artista ucraniano Andriy Khlyvnyuk cantando enquanto estava fardado em vigília para ajudar os compatriotas. Assim, o músico entrou em contato com o baterista Nick Mason, seu colega de mais de meio século. O baixista Guy Pratt e o tecladista Nitin Sawhney completaram a formação.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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