Roger Waters admite que irá parar com grandes turnês “em breve”

Apesar de reconhecer proximidade do fim, músico brincou com despedidas de seus contemporâneos ao definir atual tour como “primeira farewell”

Roger Waters foi praticamente um dos inventores do formato de grande turnê durante seu tempo no Pink Floyd. Aos 80 anos, ele continua apresentando a obra da antiga banda da maior maneira possível até hoje.

Contudo, parece que esses dias estão contados. Em entrevista ao jornalista Glenn Greenwald, o músico abordou a possibilidade de parar com seus mega-shows.

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Conforme transcrição do site, Waters disse:

“Provavelmente vou parar com isso em breve. Se esse será o último, não sei. Só fiz um show na América do Sul até agora, que foi em Brasília há alguns dias. E é preciso mais energia para tocar para 40 mil ou 60 mil pessoas do que uma arena de 15 ou 16 mil lugares. Evidente. Eu apenas tento ficar em forma, estou um pouco em forma. Tivemos Covid só uma vez na Europa, durante um período em que fizemos uns 40 shows. Então, quem sabe?”

“Primeira despedida”

A “This is Not a Drill”, turnê atual de Waters, tem sido anunciada no Brasil como sua despedida. Porém, há mais nisso do que parece.

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O músico resolveu se divertir às custas de seus contemporâneos e seus inúmeros “adeus” aos palcos. Então, caracterizou esse giro como sua “primeira despedida”.

Um texto promocional de maio sobre a “This is Not a Drill” disse:

“Este espetáculo inclui dezenas de grandes canções da era dourada dos Pink Floyd, e também algumas novas canções, letras e músicas – todas do mesmo compositor, do mesmo coração, mesma alma, do mesmo homem. Pode ser o seu último grito. ‘Wow! A minha primeira turnê de despedida! Não percam. Com carinho, R’.”

Roger Waters e Brasil

Durante o bate-papo, Roger Waters também relembrou seus shows no Brasil em 2018. Na ocasião, chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro de “neofascista” e tentou encontrar o atual chefe do Executivo nacional, Luiz Inácio Lula da Silva, na prisão.

“Em 2018, Lula estava preso e não me deixaram entrar. Estavam muito interessados na ideia de me prender também em Curitiba. Porque acho que foi um dia antes da eleição presidencial. E eles me disseram: se você falar sobre política depois das 22h, você vai para a prisão. Então, fui um pouco sorrateiro. Às 21h55, qualquer que seja a parte do show, você para a música, a gente para tudo, e eu vou fazer uma fala política por quatro minutos e meio – e então vou parar. [Risos]”

Sempre disposto a abordar temas políticos em qualquer plataforma que tenha, o ex-Pink Floyd ainda falou sobre como a questão política aqui no Brasil reflete um problema internacional:

“A polarização parece ser um fenômeno global. Isso é o que acontece quando as pessoas estão desesperadas, eu acho. Todo mundo está muito desconfortável.”

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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